Os parlamentares que precisam prestar depoimentos sobre eventual participação no esquema deflagrado pela Operação Lava Jato têm se queixado do “constrangimento” de se apresentarem à Polícia Federal. Segundo relatos de interlocutores, o pedido é para que os próximos possam depor na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR). Nesta quarta-feira, 8, os deputados do PP-RS Jerônimo Goergen e Renato Molling prestaram depoimento. Os dois são investigados no inquérito que apura suposta formação de quadrilha por 39 pessoas. Os parlamentares são citados na delação do doleiro Alberto Youssef na lista de deputados do PP que recebiam entre R$ 30 e R$ 150 mil por mês, parte da propina nos contratos da Petrobrás. A opção dos investigadores, segundo fontes, é por iniciar a realização das diligências relativas aos casos de “doação legal” com dinheiro supostamente desviado da Petrobras, para depois juntar os fatos apurados à investigação da formação de quadrilha. O depoimento dos dois deputados do PP-RS, portanto, aconteceu em razão da apresentação espontânea dos parlamentares.
