O ex-diretor de Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró afirmou que o operador de propinas do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, era lobista que atuava na área de sondas. Seu papel seria o mesmo de um dos delatores da Operação Lava Jato, Julio Gerin Camargo – lobista das gigantes japonesas Mitsui e Samsung que fez acordo com a força tarefa do Ministério Público Federal e revelou propina de US$ 30 milhões para Cerveró e Baiano. “Ele (Fernando Baiano) era essa figura que é chamada de lobista”, respondeu Cerveró, ao ser perguntado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato.O ex-diretor, preso desde janeiro pela Lava Jato, disse que foi ele que aproximou Julio Camargo, representante das empresas japonesas, e a Petrobras na contratação de duas sondas de perfuração de petróleo em mar profundo, que teria envolvido acerto de US$ 30 mihões em propinas. Sergio Moro quis saber se Fernando Baiano e Julio Camargo tinham prestado serviço técnico nessas duas contratações feitas pela Petrobras, via Diretoria de Internacional. “Não, só de intermediação”, explicou Cerveró. (Política Livre)
