Praticamente todos os principais bancos existentes na Bahia já tiveram registros de explosões em caixas eletrônicos,mas o que mais sofreu prejuízo nos últimos anos foi o Banco do Brasil, que diante de tanto acontecimento está restringindo a reabertura por conta da falta de segurança.
A população de Capela do Alto Alegre,no Território da Bacia do Jacuípe, a cinco meses sem os serviços bancários do Banco do Brasil, após duas explosões de caixas eletrônicos, ocorridas em pouco tempo. A última aconteceu na segunda semana de janeiro deste ano 2015.
Prejuízo não está apenas no dinheiro que se leva. Caixas eletrônicos, instalações On Line e luz, destruição do teto e paredes levam meses para recuperar.
A pacata cidade está praticamente sem banco. Apenas a cooperativa de crédito Sicoob opera os serviços bancários, cuja mesma também foi atacada em janeiro. Essa situação obriga os aposentados e demais clientes a viajar cerca de 60 km para outras cidades, a exemplo de Riachão do Jacuípe.
Preocupado com o problema, o deputado estadual Alex da Piatã ( PMDB), esteve em audiência com o gerente de mercado do Banco do Brasil e do superintendente de Negócios e Varejo e Governo em Salvador, Johnson Portilho Prado e a gerente de Núcleo, Andreia Costa, para buscar informações e solicitar a reabertura da agência de Capela. Estavam também na audiência, o presidente a Câmara de Vereadores do município, Jaeckson dos Santos,conhecido por Kero, seu assessor Márcio Oliveira e o chefe de Gabinete do deputado, Valdemí de Assis.
Andreia Costa (destaque) revelou que o banco pretende reabrir a agência da cidade. Contudo, apresentou critérios e condições para a esperada reabertura. Segundo a gerente, o município tem de cumprir medidas de segurança, como restringir o acesso de veículos à área bancária, incentivar o uso de cartão de crédito, criar lei municipal para cadastrar hóspedes em hotéis e pousadas, proibir o uso de capacete dentro da agência, criar guarda municipal e Conselho Comunitário de Segurança, viabilizar o aumento de efetivo policial.
“É preciso habituar a população a usar o cartão de crédito e sensibilizar os comerciantes a aceitarem o ‘dinheiro de plástico’. Ou seja, é uma mudança de cultura necessária”, destacou Andreia. Ela também revelou que o banco pretende reduzir o horário do Serviço de Auto Atendimento. “Os caixas eletrônicos vão funcionar apenas das oito às catorze horas, para evitar novas explosões”, pontuou.
Portilho Prado ressaltou que o banco está inovando na segurança dos caixas eletrônicos, instalando gradativamente o moderno sistema de cofre inteligente. Segundo o gerente, o trabalho de reconstrução atualmente é muito complicado. “Antigamente as explosões danificavam apenas os caixas. Hoje em dia, destroem o prédio inteiro. O banco não compra material sem licitação. Por isso, até organizar e reconstruir tudo demora muito tempo”, comparou.
Para Alex da Piatã, não adianta o banco reabrir e voltar a sofrer ataques no dia seguinte: “A gente sabe que o povo quer o banco funcionando diariamente, com segurança. Abrir e uma semana depois fechar novamente, como aconteceu, não adianta”, ressaltou.
O deputado comentou também sobre as medidas de segurança propostas pelo BB.“São ações muito importantes, independente de explosão a banco, para Capela e qualquer cidade da Bahia. Mas em minha opinião, é preciso ir mais além. Ou seja, tem de desarticular as quadrilhas, combatendo as de forma inteligente. Os bancos e o estado têm de trabalhar juntos nesse sentido”, completou.
Redação CN * informações Assessoria Parlamentar / fotos: arquivo Raimundo Mascarenhas e Teones Araújo.