Sem diploma, alunos de faculdades EAD relatam prejuízos

Nada é mais prazeroso para um universitário do que concluir o curso dos sonhos, pegar o diploma e partir, orgulhoso, para o mercado de trabalho, com o objetivo de crescer na vida e na profissão que escolheu. Com o Ensino a Distância (EAD), o acesso das pessoas ficou ainda mais fácil, já que elas podem, até mesmo de casa, ter acesso ao conteúdo disponibilizado pelas instituições de ensino e manter os estudos. No entanto, ao invés deste sonho, alunos do curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera, polo Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, estão passando por um pesadelo. Desde 2012, eles lutam para garantir o diploma, mas reclamam que a instituição tem tomado algumas medidas que tem deixado os discentes na bronca. Alguns deles até já entraram na Justiça na tentativa de ter o acesso ao documento, mas tudo em vão. “Eu já dei queixas, tanto na Ouvidoria, quanto no polo de ensino sobre esta situação e até agora nada foi feito. No meu caso, eu só não me formei devido a um erro da faculdade que não postou a nota de um estágio supervisionado que fiz. Posso garantir que frequentei todas as disciplinas possíveis. As pessoas estão ficando desacreditadas, não apenas no meu curso, mas também em outros, como administração e serviço social”, reclamou o educador, Ricardo Campos. Outras queixas dos alunos giram em torno da mudança da grade curricular, segundo eles, sem aviso prévio, o erro no lançamento de notas e a exigência de pagamento por serviços obrigatórios, como requerimentos. CONTINUAR LENDO…

“Eles nos impõem que façamos mais matérias e nos obrigam a pagar por isso. A gente está sofrendo em silêncio, assim como outros alunos de universidades que permitem o ensino a distância pelo Brasil”, disse Campos. Para se ter uma ideia da situação, basta uma busca pela internet para se conferir o fato. Em um site especializado em receber reclamações de clientes com relação a determinados produtos, vários são os tipos de queixas contras as universidades, que vão desde o não funcionamento do chamado ambiente virtual de aprendizagem, problemas em se realizar matrículas em certos cursos e mensalidades com cobrança indevida. De acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), o estado da Bahia tem mais de 40 cursos disponíveis que vão desde aperfeiçoamento até graduação.

PREJUÍZOS – Sem o diploma em mãos, Ricardo Campos não pode exercer a função de professor e tem acumulado prejuízos. “Eu já perdi duas propostas de emprego para trabalhar em empresa privada. Além disso, participei de concursos de REDA das Prefeituras de Salvador, Lauro de Freitas e do Governo do estado e acabei desclassificado por não ter o diploma em mãos. Meu maior medo é de que esse prazo acabe e a gente fique sem esse documento de vez”, lamentou Campos. Um caso que chama a atenção e foi contado pelo próprio aluno está relacionado a uma colega de classe. Eles fizeram juntos a disciplina de estágio – a última antes da formação – assim como o Trabalho de Conclusão de Curso. No entanto, enquanto ela teve a nota publicada no site da instituição, ele não teve a mesma sorte. Mesmo assim, ela também demorou em receber o diploma. “Há dois anos até mandei uma carta para o Ministério da Educação e nada foi feito também. Acho que, ao menos, eles deveriam criar uma agência reguladora para fiscalizar essas instituições. Infelizmente, as universidades estão livres para fazerem o que quiser”, desabafou.
MEC avalia cursos e orienta como registrar denúncia – O Ministério da Educação (MEC) informou que a supervisão do órgão federal abrange todas instituições de ensino superior do sistema de federal e que qualquer instituição pode ser objeto de denúncia ou de representação junto ao Ministério por parte de alunos, docentes, servidores, ou qualquer cidadão interessado e que tenha elementos formais que possam ser indício de irregularidade. Para protocolar uma denuncia, o interessado deve juntar a documentação necessária e enviá-la, pessoalmente ou via postal, para a sede do Ministério, em Brasília. Além disso, há situações em que o aluno pode apresentar queixa junto ao Procon e, em último caso, recorrer à Justiça comum. Ainda segundo o MEC, os cursos superiores estão periodicamente sujeitos à avaliação de qualidade, seja pela necessidade de renovação periódica do reconhecimento dos cursos, seja pela avaliação de desempenho dos estudantes realizadas pelo Enade. Em nota, a Faculdade Anhanguera apenas informou que trabalha constantemente para oferecer a melhor educação e capacitação profissional. “Estamos avaliando nossos sistemas e projetos. Todas as mudanças realizadas pela instituição têm como objetivo melhorar o nosso desempenho e relação com os alunos. Mantemos sempre abertos os nossos canais de comunicação com o público e estamos prontos para ouvir sugestões construtivas e reavaliar qualquer posicionamento que possa beneficiar a comunidade Anhanguera”, diz o comunicado. (Tribuna da Bahia)

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