A presidenta Dilma Rousseff disse ontem segunda-feira (10) que o Brasil não está parado e tem um estoque de investimentos em infraestrutura que está sendo “maturado” e agora começa a ser entregue. Ao participar da inauguração do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, no Maranhão, ela afirmou que a saída pelo Norte é uma alternativa para o escoamento da produção agrícola, em especial para o transporte de grãos. Para Dilma, a fronteira agrícola precisa ser expandida, a fim de aumentar a competitividade e o potencial dos produtos brasileiros. Segundo a presidente, existe uma diferença entre o país de hoje e o de ontem. ”Por isso, nos sentimos muito mais em condições de enfrentar as dificuldades – que acreditamos transitórias – da economia brasileira, justamente pela quantidade de investimentos em infraestrutura realizados nos últimos anos”, disse, referindo-se ao esforço feito após a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com a presidenta, 60% da soja e do milho brasileiros são plantados acima do paralelo 16 sul, que corta os estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e da Bahia, além do Distrito Federal. Por esse motivo, o Porto de Itaqui cumpre papel importante já que, pelo Maranhão, se tem acesso mais fácil aos portos da Ásia, via canal do Panamá, disse. “Esse terminal, com 5 milhões de toneladas, que na primeira fase vai permitir que a gente acesse vários mercados consumidores do mundo, ampliando nossa competitividade, mostra como o Maranhão é um estado importante, também porque passa a ser um dos focos da infraestrutura logística do nosso país”, afirmou. Segundo Dilma, a fronteira agrícola, que foi há pouco tempo reconhecida oficialmente como região Matopiba (que compreende áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia), representa uma chance de crescimento para o Brasil.

