Diante da baixa popularidade da presidenta Dilma Rousseff e dos escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e figuras ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT), como o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a base aliada no Congresso Nacional já não é mais tão coesa. O governo encontra-se apreensivo diante da votação das chamadas “pautas-bomba”, que são projetos de lei que podem impactar as contas públicas, dificultando a redução de gastos prevista para que a meta fiscal seja atingida. Especialistas vêm apontando que se o governo não conseguir cumprir a meta desuperávit primário, que é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo, excetuando gastos com pagamento de juros, a crise pode se agravar, com o aumento da inflação e a queda da confiança do mercado. Diante da recessão econômica, o governo chegou a anunciar um esforço para economizar R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) em maio para fazer frente ao baixo volume de arrecadação de tributos e manter a dívida pública sob controle. No entanto, há cerca de um mês reduziu a meta dessa poupança para R$ 8,747 bilhões (0,15% do PIB).

