Estudo realizado pela UFF, em parceria com a Fiocruz, traz esperança para a cura da doença. "Quem sabe Deus não me colocou nessa situação para mostrar às pessoas que a doença existe e que é muito importante se cuidar?”. Com um sorriso sempre no rosto, é assim que a fotógrafa e cinegrafista Lilia Pereira, de 61 anos, lida com a leucemia, o mais comum câncer do sangue e que pode afetar pessoas de todas as idades. Pouco conhecida, a doença representa ainda um desafio para a Medicina. Mas uma pesquisa realizada pela UFF, em parceria com a Fiocruz, pode mudar essa realidade: três moléculas de uma substância chamada quinona, extraída da casca do ipê, se mostaram capazes de combater a doença.“Entender que uma célula é maligna e atacar somente essa célula estranha, preservando as sadias, é algo muito difícil”, explica Fernando de Carvalho, professor do Instituto de Química responsável pelo estudo. Ele alerta que a pesquisa ainda é inicial: “São estudos preliminares. Não existe a cura ainda.Para que um dia essas moléculas possam ir à frente como medicamento, é importante aprofundar o conhecimento sobre elas.” Enquanto a cura não é descoberta, o principal tratamento é o transplante de medula. O Brasil realiza cerca de 2.500 transplantes todos os anos.