Um casal de mulheres perdeu a guarda de sua filha adotiva de 1 ano depois que um juiz do Estado americano de Utah afirmou que a criança estaria melhor com pais heterossexuais, em uma decisão formal tomada na última quarta-feira. Segundo uma das mulheres, April Hoagland, contou à emissora de televisão local KUTV, o juiz Scott Johansen afirmou que “através de sua pesquisa descobriu que crianças em casas homossexuais não crescem tão bem quanto em casas heterossexuais”. April acrescentou que, quando solicitado, o juiz não quis mostrar a pesquisa consultada. “Eu fui pega de surpresa porque não pensei que coisas desse tipo ainda acontecessem”, afirmou à KUTV. “Não é justo, não é certo e me magoa muito porque eu não fiz nada de errado”. Beckie Peirce, a outra mãe da criança, afirmou à emissora que podem existir outras razões por trás da decisão do juiz. “Eu acredito que seja por uma crença religiosa”, disse ela. Embora se trate de uma ordem judicial, a decisão colocou o Serviço de Cuidados às Crianças do Estado de Utah em uma situação bastante complexa, já que a retirada da guarda pode não ser completamente legal por chocar-se com leis federais. “Por um lado, eu não espero que meus assistentes sociais violem uma ordem da corte”, afirmou Brent Platt, diretor da Divisão de Serviços pela Criança e Família de Utah, “mas por outro lado, eu não espero que eles violem leis federais”. Essa não é a primeira vez que uma decisão controversa do juiz Scott Johansen repercute no noticiário.