O pai de Guilherme Oliveira Yokoshiro, 5 anos, que morreu após cair da janela do prédio onde morava no bairro de Brotas, em Salvador, confirmou em depoimento, ontem terça-feira, 1º, que já havia deixado o filho sozinho outras vezes. A informação foi confirmada pela delegada Maria Dail Rodrigues, titular da 6ª delegacia de Brotas que investiga o caso. Por esse ato, Rafael Yokoshiro, pode ser indiciado por abandono de incapaz. O porteiro do prédio tinha dito em depoimento que o pai do garoto já tinha saído outras vezes durante a madrugada. A delegada informou ainda que Rafael não detalhou no depoimento o que fez nas duas horas que ficou fora de casa no dia do ocorrido. Maria Dail Rodrigues informou ainda que acredita que em 20 dias terá os laudos da perícia sobre a rede de proteção e o cadavérico da criança. A mãe do menino, Carla Verena Oliveira, disse à polícia que a morte do filho foi uma fatalidade. Ela, no entanto, disse não saber da saída de Rafael na madrugada em que ocorreu a morte. O pai chegou a ir à delegacia no mesmo dia, mas não teve condições de falar. Se o acidente for comprovado, Rafael pode ser indiciado por crime de abandono de incapaz, com agravante da morte da criança e de ele ter sido deixado sozinho por um familiar, no caso, o pai. A pena varia de prisão de 4 a 12 anos.
O caso
Guilherme caiu da janela de um quarto no 6º andar do prédio onde mora com os pais na rua Ariston Bertino de Carvalho, por volta das 3h30. Segundo os familiares, a criança estava em casa com o pai, mas este teria deixado o apartamento para ir a uma emergência médica, segundo versão informada pelo tio da criança. A mãe do garoto, Carla Verena Oliveira, é enfermeira e estava de plantão quando o filho morreu.
