Células-tronco podem curar catarata, evidencia nova pesquisa

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira no mundo e já tirou a visão de mais de 17 milhões de pessoas. No Brasil, há dois milhões de portadores da doença. A boa notícia é que as células-tronco podem ser a saída para reverter esse quadro.Um experimento pioneiro, feito por médicos na China e descrito na revista científica Nature, restaurou o olho de crianças vítimas de catarata. Os cientistas testaram o procedimento depois de testes com resultados positivos em animais. Publicado na última quarta-feira, dia 9, o relato diz que todas passam bem e estão com a visão normal.

Veja como células-tronco podem tratar catarata

Conforme explica o oftalmologista Richard Yudi Hida, a catarata é uma alteração ocular que atinge o cristalino, a lente natural do olho, cuja transparência permite que os raios de luz alcancem a retina para formar a imagem. Nos pacientes acometidos pela doença, essa parte do olho se torna opaca, comprometendo a visão.Os tratamentos convencionais são cirúrgicos e consistem no implante de uma lente artificial para substituir o cristalino danificado. Já o procedimento realizado na China parte da premissa da medicina regenerativa, por meio da qual as células-tronco são utilizadas para desenvolver, de modo natural, uma nova lente ocular.O tratamento, desenvolvido através de parceria entre os cientistas da Universidade Sun Yat-sen (China) e Universidade da Califórnia (EUA), funciona da seguinte maneira: primeiro, a catarata é removida da lente interna do olho, deixando a superfície exterior da cristalina intacta. Na sequência, a estrutura é forrada com células-tronco epiteliais.

As células formam a lente que fica atrás da pupila e focaliza a luz na retina. Elas reparam os danos anteriores e chegam ao tamanho normal do olho em cerca de oito meses. Nos procedimentos feitos, houve taxas de complicações muito menores em comparação com as cirurgias convencionais.Os pesquisadores não descartam, porém, a possibilidade de que a terapia com células-tronco tenha dado certo porque os pacientes eram crianças e seus olhos tinham uma capacidade de regeneração muito maior do que os dos idosos, público que mais sofre com a doença.Por isso, serão feitos novos testes para estudar se essa seria uma alternativa de tratamento também para tal faixa etária. De todo modo, o resultado do procedimento representa um grande avanço para a medicina.“O sucesso deste trabalho representa uma nova abordagem na forma como tecidos ou órgãos humanos podem ser regenerados para o tratamento de doenças e pode ter um amplo impacto sobre terapias regenerativas, que se utilizam do poder de regeneração do nosso próprio corpo”, disse o médico Kang Zhang, um dos autores do estudo, ao portal UC San Diego News Center.

Células-tronco na medicina moderna

O uso de células-tronco para o tratamento de diferentes patologias é amplamente estudado pela comunidade científica. Também chamadas de células-mães ou estaminais, elas têm como característica fundamental a capacidade de se renovarem e até mesmo se transformarem em outros tipos.Atualmente, elas são divididas em duas classificações distintas: célula-tronco embrionária, encontrada no embrião e com capacidade de se transformar em qualquer célula adulta, e célula-tronco adulta, presente principalmente na medula óssea e no cordão umbilical.Hoje elas são utilizadas no tratamento de doenças como câncer, diabetes, esclerose múltipla, osteoporose, doenças cardíacas, Parkinson e Alzheimer. Quem sabe esse não é um passo para mais opções.

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