Um dos distúrbios do sono mais comuns entre os brasileiros, a insônia pode parecer algo simples de se contornar ou apenas reflexo de preocupações do dia a dia. O otorrinolaringologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Fernando Oto Balieiro, ressalta, no entanto, que este problema pode esconder doenças como depressão, estresse, ansiedade ou dores crônicas. Em casos mais simples, o especialista recomenda cuidados que podem parecer básicos, mas fazem toda a diferença para o corpo. “Preparar o quarto com temperatura adequada, não consumir bebidas com cafeína e não praticar atividade física próximo ao horário de dormir. São algumas atitudes que podem mudar a rotina do sono”. Outra dica é evitar mexer no celular na hora de deitar, hábito de 75% dos jovens brasileiros e que estudos apontam para um evidente prejuízo na qualidade do sono. Balieiro lembra ainda que a privação do sono ou fragmentação dele ao longo dos anos pode causar diminuição do rendimento, sonolência diurna, irritabilidade e, em casos extremos, o aumento do risco de problemas circulatórios. Para casos crônicos ou quando o distúrbio precisa ser investigado mais a fundo, o otorrino recomenda que os pacientes procurem um especialista da área para a realização de exames detalhados, como a polissonografia. “Este exame busca responder como está a qualidade do sono da pessoa e como o mesmo está sendo afetado. Podemos averiguar também se o problema está na respiração, ronco, apneia, entre outros fatores”, esclarece Balieiro.
