Fundamental durante a gestação, o cordão umbilical proporciona uma troca de sangue e nutrientes entre a mãe e o bebê. Porém, com o nascimento, ocorre o desligamento físico por meio do corte desse cordão. No local, o umbigo, que é uma cicatriz recente, toma o seu lugar. E é justamente nessa região que uma protuberância muito comum entre os bebês pode se manifestar, chamada hérnia umbilical. Esse problema é caracterizado pelo alargamento do anel que permite o fluxo de sangue na região do umbigo. Por ser assintomático, os pais conseguem perceber que a região fica mais evidente, principalmente, quando a criança chora, afirma Flávia Nassif, pediatra do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Apesar de a identificação da hérnia envolver algumas lágrimas por parte dos filhos, certamente, não há motivos para lágrimas por parte dos pais. Na maioria dos casos, o diâmetro do anel tende a diminuir o seu tamanho e a hérnia pode desaparecer naturalmente ao longo dos dois primeiros anos da criança. Esqueça receitas caseiras que envolvam moedas ou faixas, segundo a médica. “O ideal é o acompanhamento e a observação pediátrica”, acrescenta a especialista. Em dois casos bem raros, haverá uma possível intervenção cirúrgica. Um é quando a criança completa dois anos e a hérnia persiste até esse período. O outro, em situação de encarceramento, ou seja, existência de um pedaço de intestino dentro da hérnia. A região do umbigo precisa de cuidado e atenção. O segredo é observar o seu filho e procurar um pediatra caso identifique que há possibilidade de hérnia umbilical.