A armadilha contra o mosquito Aedes aegypti deve começar a ser distribuída pelo país a partir do segundo semestre deste ano. Ainda em fase de testes, o protótipo do equipamento desenvolvido pela Faculdade de Tecnologia Senai-Cimatec e pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) é mais uma arma contra o transmissor da tríplice viral dengue, chikungunya e zika. Segundo o subsecretário da Sesab, Roberto Badaró, o momento é de buscar parceiros para a fabricação. "Estamos em contato com a Braskem e investidores estrangeiros e iremos definir em um mês quem irá assumir a produção", contou. A empresa interessada, segundo estimativas da Sesab, terá que investir entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões para fabricar o produto. A meta é que o governo seja o primeiro cliente da indústria que for produzir. "O Ministério de Ciência e Tecnologia sinalizou o interesse de fazer da armadilha mais uma estratégia de combate ao mosquito no país. São quatro milhões de residências e o objetivo é entregar em 70% delas", afirmou o subsecretário da Sesab. A partir de um protótipo-conceito enviado pelo técnico da Sesab, o biólogo Eduardo Oyama, a equipe de engenheiros do Senai-Cimatec desenvolveu um equipamento com foco na eficiência, viabilidade econômica e forma de produção. O processo foi concretizado em duas semanas e o custo unitário é R$ 5. Há duas semanas, 23 unidades do protótipo foram instaladas pela cidade para avaliar a eficácia. O levantamento sobre os testes devem ser concluídos em duas semanas. No entanto, a armadilha já vem mostrando resultados satisfatórios. "Em todos os locais, os mosquitos foram atraídos", disse o professor líder técnico da área de projetos mecânicos do Senai-Cimatec, o engenheiro mecânico Walter Beal. Ainda de acordo com o engenheiro do Senai-Cimatec, são necessárias, em média, três armadilhas por imóvel. "O mosquito não coloca os ovos em um lugar só. A recomendação é que sejam colocadas em ambientes externos, com sombra e fora do alcance de animais e crianças", explicou. Ao contrário da armadilha feita com garrafa PET, o novo projeto não permite a entrada espontânea de água. O recipiente precisa ser aberto e abastecido. Assim, não há risco de virar um criadouro. O vasilhame deve ser abastecido a cada dois dias para que fique sempre cheio.

