Metade dos usuários online de internet acessa às notícias pelo Facebook e outras redes sociais, indica um estudo que alerta para consequências profundas no jornalismo tradicional e de qualidade. "Uma segunda onda de disrupção abateu-se sobre as organizações noticiosas a nível mundial, com consequências potencialmente profundas, tanto para os editores como para o futuro da produção jornalística", lê-se na apresentação deste trabalho, do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo. Nele, destaca-se o impacto combinado das redes sociais, "uma mudança acelerada para os dispositivos móveis e um aumento da rejeição da publicidade online", fatores que "estão debilitando os modelos de negócio que possibilitam a produção de notícias de qualidade". O trabalho do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, da Universidade de Oxford, compreendeu mais de 50 mil entrevistas em 26 países. Dele, destaca-se, principalmente, que 51 por cento dos usuários online preferem as redes sociais para acessar às notícias, em detrimento dos canais tradicionais. Plataformas como o Facebook deixaram "de ser apenas o local onde se descobrem as notícias e passaram a ser destinos para o próprio consumo de notícias".