Pesquisadores investigam indícios de relação entre vírus bovino e zika

O vírus da zika pode não ser o único responsável pela epidemia de microcefalia no Nordeste do país. Traços do VDVB, vírus da diarreia viral bovina, que atinge o gado, foram encontrados em fetos com microcefalia, segundo pesquisadores brasileiros. O estudo está sendo desenvolvido por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do Ipesq (Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto). “Estamos trabalhando junto com a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde) para fechar esse ciclo. Ainda é muito precoce para falarmos numa colaboração viral, mas está se encaminhando para essa hipótese”, afirma um dos pesquisadores da UFRJ. O VDVB é um vírus que causa má-formação em fetos bovinos. A ação é semelhante ao observado em fetos humanos afetados pelo vírus da zika. Um tipo de VDVB detectado na Europa já havia sido considerado um possível contaminante de leite e carne. Três fetos com microcefalia apresentaram traços do VDVB. A descoberta das partículas do vírus na necropsia do cérebro dos recém-nascidos foi informada ao Ministério da Saúde no dia 20 de junho. Os pesquisadores tentam agora isolar o vírus para garantir que existe a relação com a zika e os problemas de má-formação. Segundo os responsáveis pelo estudo, o VDVB poderia ser um dos responsáveis pelo elevado número de casos e a gravidade dos mesmos no Nordeste. O vírus não é raro e pode estar presente em até 10% das pessoas de determinados grupos. Contudo, ainda há cautela e dúvidas quanto à possível descoberta: “Falta obter evidências sólidas se há algum papel relevante desse vírus no que estamos observando com a zika”, afirma Paolo Zanotto, virologista da USP.

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