Desembuchar não é um hábito comum para muitas pessoas, que preferem manter as suas opiniões, crenças e sentimentos para eles. E é nas mulheres que esta tendência é mais notória e também mais grave. Diz um artigo do The New York Times que o auto-silenciamento é um comportamento comum entre as mulheres, mas que pode estar lhes tirando a saúde, especialmente quando se junta a este hábito aquele que faz com que as suas necessidades fiquem sempre em segundo plano. A ciência tem estudado o impacto do auto-silenciamento na saúde das mulheres e já provou que aquelas que continuam guardando tudo para si correm um maior risco de sofrer de depressão, de síndrome do intestino irritável, de distúrbios alimentares e ainda de ter uma recuperação mais lenta em casos de câncer. Mas há mais consequências: um estudo de 2007 provou que as mulheres que se mantêm caladas (e em sofrimento) durante as discussões conjugais têm uma probabilidade quatro vezes maior de morrer no espaço de dez anos, lê-se na publicação escrita pela especialista Tara Parker-Pope. No caso dos homens, o auto-silenciamento é também uma caraterística comum mas, até agora, sem qualquer evidência científica que prove um impacto nocivo na saúde do sexo masculino.
