O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vetou na última sexta-feira o projeto de lei que autorizava familiares de vítimas dos atentados de 11 de setembro a processarem a Arábia Saudita. Aprovado pelo Congresso, o texto preocupava a Casa Branca, que alega que ele deixaria muitos diplomatas norte-americanos em todo o mundo sujeitos a "uma série de falsas acusações" e processos enganosos. O projeto de lei é motivo de divergência entre Obama e a candidata democrata a sua sucessão, Hillary Clinton, que prometeu sancioná-lo caso vença a eleição presidencial de novembro. Contudo, o veto do mandatário pode ser derrubado pelo Congresso, que havia chegado a um amplo consenso para aprovar a medida. Permitir que famílias processassem a Arábia Saudita pelo 11 de setembro também poderia afetar as relações diplomáticas com o principal aliado dos Estados Unidos no Golfo Pérsico, sobretudo no âmbito da luta contra o Estado Islâmico. País natal de Osama bin Laden, a Arábia Saudita sempre negou qualquer envolvimento nos atentados de 2001, que foram reivindicados pela Al Qaeda. No entanto, Riad é constantemente acusada de ser conivente com grupos terroristas sunitas e até de financiar alguns deles.
