Obama: "Há cada vez mais desigualdades e também uma maior consciência" delas

O Presidente dos EUA, Barack Obama, considerou nesta quarta-feira que as desigualdades são “um dos grandes desafios” das democracias modernas. No último dia da sua visita à Grécia, Obama aproveitou a sua estadia em Atenas, berço da democracia, para traçar um retrato do mundo de hoje e apelar a “uma mudança de rumo” da globalização.“As desigualdades entre países e no seio do mesmo país” alimentam “um profundo sentimento de injustiça” e são “um dos grandes desafios das nossas economias e democracias”, disse. Obama alertou para as “enormes perturbações” que são visíveis no mundo de hoje, nomeadamente quando as pessoas se deparam com “elites mundiais que parecem viver segundo regras diferentes”: “não pagam impostos, acumulam riqueza enquanto (outros) mal conseguem suportar as suas despesas”.

“Todas as pessoas têm hoje um telemóvel e podem ver estas desigualdades”, observou. “Há cada vez mais desigualdades e também uma maior consciência destas desigualdades”, sublinhou Obama, para acrescentar que tal “torna compreensível que se deseje sair da globalização”, como aconteceu com o voto a favor do “Brexit”.“Face a esta nova realidade de choque de culturas, é natural que alguns procurem refugiar-se no nacionalismo”, admitiu o Presidente americano, que será substituído em Janeiro por Donald Trump.

Vitória da democracia
Obama elogiou a transição pacífica de poder nos EUA, mesmo quando as ideias do actual e do futuro Presidente são totalmente diferentes: “O próximo Presidente americano não poderia ser mais diferente do que eu. Temos diferentes pontos de vista, mas a democracia americana é maior do que qualquer pessoa”.O Presidente dos EUA não esqueceu a situação da Grécia, apelando aos credores para reduzirem a dívida e apelando aos jovens para que permaneçam no país para ajudarem na recuperação da economia. Obama frisou, por outro lado, que a cooperação é a melhor forma de resolver conflitos entre as nações. “ Foi por isso que pela vida diplomática conseguimos acabar com o programa de armamento nuclear do Irão sem disparar um único tiro e a razão pela qual iniciámos relações com Cuba”, disse.

Vincando a diferença com Trump, Obama salientou que a democracia é a razão pela qual os Estados Unidos acolhem “pessoas de todas as raças, religiões e origens e imigrantes que lutam por dar uma melhor vida aos seus filhos”.O Presidente dos EUA defendeu ainda que “o mundo precisa, mais do que nunca, de uma Europa democrática” e manifestou esperança que se penda para o lado da justiça sob a influência daqueles “que têm o título mais importante, não o de Presidente ou de primeiro-ministro, mas sim o de cidadãos”.O Presidente americano estará nesta quinta e sexta-feira em Berlim, onde se reunirá com a chanceler alemã Angela Merkel e com os líderes do Reino Unido, França, Espanha e Itália. As relações com a Rússia, em particular a sua intervenção militar na Síria e Ucrânia, o acordo com o Irão sobre nuclear e as incertezas sobre a NATO, na sequência da eleição de Trump, fazem parte da agenda do encontro.

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