Quem olhar para o céu na madrugada dessa sexta poderá observar a chuva de meteoros conhecida como Leonídeas em seu ápice. O fenômeno anual será visível a olho nu até o próximo domingo (20). Pelo menos 40 meteoros por hora riscarão os céus, de acordo com Irapuan Rodrigues, professor de Física e Astronomia da Universidade do Vale do Paraíba (Univap). "Uma chuva de meteoros ocorre quando, ao orbitar em torno do Sol a Terra atravessa o rastro de poeira e rochas - os meteoroides - que se desprendem da cauda de algum cometa na sua trajetória pelo sistema solar", explicou o professor. Segundo ele, o que conhecemos por "estrela cadente" é na verdade um meteoroide que acabou de se chocar com a atmosfera terrestre, entrando em incandescência. "Os que conseguem resistir à fricção do ar e chegar até o solo são os chamamos de meteoritos", afirmou. Rodrigues falou sobre o curioso nome dado à chuva. "Esse nome indica que o 'radiante' da chuva fica na direção da constelação de Leão e é nessa direção que devemos olhar", disse. Para encontrar a constelação será preciso olhar para o céu na direção nordeste. As Leonídeas foram responsáveis por algumas das mais intensas chuvas de meteoros da história, alcançando os 50 mil meteoros por hora, de acordo com Bill Cooke, especialista da Nasa em meteoros. "Este ano, no entanto, as Leonídeas não estão em explosão, por isso as taxas serão menores. As explosões ocorrem quando a Terra passa por um trecho especialmente denso de meteoros. Quando não há explosão, as Leonídeas são uma chuva de meteoros menor. A última explosão ocorreu em 2001 e a próxima só acontecerá em 2033", disse Cooke. A lua minguante também deve ofuscar parte dos meteoros, mas não o suficiente para impedir o fenômeno de ser.

