Impedida pela Justiça de São Paulo de ver ou ter contato com sua filha desde junho de 2012, quando foi presa pela Polícia Civil ao confessar ter matado e esquartejado o marido, Elize Matsunaga decidiu escrever uma carta para a menina antes de ser levada a júri popular pelo crime, nesta segunda-feira (28). Redigida por Elize em 8 de março deste ano no presídio de Tremembé, interior do estado de São Paulo, a bacharel em direito declara que se pudesse olhar para a filha, diria “te amo” e gostaria de ouvir dela a palavra “mãe”. O texto foi escrito em uma folha de caderno rosa ilustrada com a personagem Jolie. O site G1 teve acesso com exclusividade ao manuscrito, que traz o carimbo da unidade prisional atesta que foi lido por funcionários da penitenciária e teve autorização para sair de lá. A intenção de Elize com a divulgação da carta pela reportagem é de que sua filha possa saber, no futuro, o que a mãe pensava e gostaria de dizer à menina antes de ser julgada pelo assassinato do pai dela, o empresário Marcos Kitano Matsunaga. A menina tinha 1 ano na época do crime. Hoje, está com 5 anos e vive com os avós paternos. “Mesmo não estando ao seu lado agora filha, quero que saiba que você tem uma mãe que te ama muito, não só no plano físico, e que respeitará suas escolhas e um dia, se você quiser, conversaremos sobre tudo o que houve, a situação lamentável e infelizmente irrevercível [sic] que nos afastou fisicamente, apenas fisicamente, pois meu coração está contigo, com a criança que me ensinou verdadeiramente o que é amor”, escreveu Elize em um dos trechos.

