O governador Rui Costa (PT-BA) recebeu nesta terça-feira (20) jornalistas para fazer uma avaliação de suas ações em 2016. Entre vários assuntos, Costa falou sobre o desafio da segurança pública diante do crescimento do tráfico de drogas e afirmou que poderia ser favorável a uma proposta de legalização da maconha, que classificou como uma droga sem impacto na violência. "Hoje no Brasil, no Nordeste, temos o fenômeno das drogas entrando nos pequenos municípios. Ontem mesmo estava com vários prefeitos de pequenas cidades, de 8 mil, 10 mil habitantes. Saiba mais...
E eles relatavam que já tem muita gente vendendo drogas e a violência fruto disso. (...) Se tem muita gente vendendo droga no seu município de 10 mil habitantes, isso significa o que? Você só vende para quem... O que nós temos é um fenômeno social de aumento do consumo de drogas no país", afirmou Costa. Questionado sobre sua posição em relação à descriminalização das drogas, Costa deixou claro que a maconha tem, para ele, menor potencial ofensivo. "Eu diria que se fosse das drogas leves como a maconha, sim. Algumas drogas, como a maconha, têm pouco poder ofensivo com relação a saúde das pessoas, ou de alterar comportamento das pessoas em termo de agressividade perante a sociedade (...) Se fosse uma droga leve, como maconha, eu poderia estar aberto a defender a legalização, a comercialização em estabelecimentos cadastrados", diz. "É nítido que a maconha não tem esse impacto do ponto de vista da violência, e nem do ponto de vista da saúde. Agora, não é o maior problema hoje do país, do Brasil, nem do Nordeste, a maconha. O problema é a cocaína, crack, que são drogas pesadas, ou derivadas dessas, que debilitam e agridem fortemente a saúde das pessoas (...)", acredita. (Correio)
