A baixa umidade do ar e o clima frio de inverno colaboram para a chamada inversão térmica, fenômeno climático comum em grandes centros urbanos em que a camada de ar fria, por ser mais pesada, acaba descendo e ficando próxima à superfície terrestre, retendo poluentes. Isso resulta, invariavelmente, em um maior número de problemas não só respiratórios como dermatológicos, afinal os poluentes também geram radicais livres, explica o consultor e pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma. "Estudos epidemiológicos sobre o impacto da poluição demonstram que as substâncias em partículas afetam o desenvolvimento e a exacerbação de doenças dermatológicas Esses processos levam ao aumento de doenças cutâneas inflamatórias, degradação do colágeno e envelhecimento da pele", explica o consultor e pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma. "É fundamental incluir o uso de substâncias antioxidantes e antipoluição na rotina de beleza, principalmente aqueles que moram em grandes centros urbanos", acrescenta. De acordo com a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, a poluição libera metais tóxicos (pesados) e particulados, todos ligados à formação de radicais livres que resultam em envelhecimento precoce, ou seja, aparecimento de flacidez, linhas de expressão, graças à destruição do colágeno. "Com a formação de radicais livres e produção de espécies reativas de oxigênio (superóxido e hidroxila), a poluição induz ao estresse oxidativo, secreta citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1α e IL-8) e colabora com o aumento de metaloproteinases (MMP-1, MMP-2 e MMP-9) - que fazem o processo de ruptura e destruição das fibras elásticas e do colágeno)", explica. Para evitar os danos cumulativos da poluição, o ideal é utilizar vitaminas, substâncias antioxidantes e ativos antipoluição. Lucas explica que os cosméticos antipoluição tem alguns mecanismos de atuação diferenciados, como a formação de um escudo biomimético ou um filme de proteção sobre a pele, algo muito comum em fotoprotetores. "Além disso, eles também possuem atuação antioxidante, promovendo reparo e, principalmente, impedindo os mensageiros pró-inflamatórios que levam ao dano celular."

