Foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (19), por maioria, a retirada do juiz federal Sérgio Moro das denúncias de organização criminosa contra políticos dos PMDB sem foro privilegiado denunciados junto com o presidente Michel Temer pelo mesmo crime, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PR). As defesas planejavam manter as acusações contra os três políticos no STF – ou ao menos garantir que as denúncias fossem enviadas para uma vara criminal do Distrito Federal, e não para a competência de Moro. Após o polarizante julgamento, ficou definido que os processos de Geddel, Cunha e Rocha Loures serão enviados para a Justiça Federal de Brasília. Além disso, foi votado com unanimidade a favor da decisão de Edson Fachin de fatiar o caos e enviá-lo para a primeira instância. Entendeu-se que o caso não tem conexão com o esquema de corrupção investigado na Petrobras, foco da Lava Jato.
As defesas de Geddel e Cunha pediam em seus recursos que o processo fosse reunificado no Supremo, já que o crime de organização criminosa pressupõe uma unidade do crime entre várias pessoas. No entanto, caso seu pedido tivesse sido acolhido pelos ministros do STF, o processo ficaria parado, já que o caso contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) foi suspenso pela Câmara dos Deputados. (Bahia.Ba)