Afastamento do caso Marielle surpeendeu o delegado Giniton

Responsável pelo inquérito do crime mais complexo que a Polícia Civil do Rio já enfrentou, o assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes, o titular da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, Giniton Lages, está deixando o caso. Nos corredores da especializada o comentário é de que o fator decisivo para a sua saída foram as diferenças entre ele e o atual diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), Antônio Ricardo Lima Nunes. Giniton foi surpreendido pela notícia, e ficou sabendo através da publicação feita na coluna de Lauro Jardim.

Giniton, homem de confiança do ex-chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, foi escolhido por ele para ser o titular da DH. Logo de cara, recebeu a incumbência de elucidar o caso Marielle, três dias após o crime. As reviravoltas durante a investigação causaram um certo desgaste de Giniton, mas ele seguia firme focado no caso. Até que, com a mudança de governo, Antônio Ricardo assume a direção do DGHPP, criado pelo secretário de Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga. O pano de fundo para os desentendimentos entre Giniton e Antonio Ricardo foram justamente as investigações do homicídio da parlamentar e do motorista.
Num evento no Palácio Guanabara nesta quarta-feira, o governador, Wilson Witzel, disse que, em reconhecimento ao trabalho de Giniton no caso Marielle, sugeriu que o delegado se dedicasse a um “programa de intercâmbio” com a polícia italiana. Ao fim da cerimônia, no qual pesquisadores do Museu Nacional tiveram bolsas de emergência outorgadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Witzel afirmou que Giniton foi convidado pessoalmente por ele na terça-feira, após a coletiva deles sobre a prisão do policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz, suspeitos do homicídio de Marielle e Anderson.

Witzel afirmou que Giniton estava “esgotado” após conduzir as investigações da primeira etapa do caso e, que tinha a chance de “trocar experiências” entre o Rio e outras instituições estrangeiras, como a polícia italiana e o FBI. O delegado terá a oportunidade de ter quatro meses para participar de iniciativas nesse sentido.

“O delegado Giniton trabalhou nesse caso e acumulou muita informação. Nós já estávamos trabalhando em um programa de intercâmbio com a polícia italiana e dos EUA, inclusive ontem recebi o FBI aqui. Então estamos com vários intercâmbios para fazer. Como ele está com experiência adquirida e nós estamos com esse intercâmbio com a Itália exatamente para estudar máfia e movimentos criminosos, ele vai fazer essa troca de experiência. Eu ontem fiz esse convite, para saber se ele poderia ser o elemento de ligação com este convênio e passar quatro meses no intercâmbio, montando um programa de aperfeiçoamento dos nossos delegados”; disse o governador.

 

 

Edição: Redação TrAgora

Fonte: O Globo

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