Jacobina decreta emergência após chuva que derrubou cais e casas

Em Jacobina, choveu 180 mm, segundo a Prefeitura (Foto: Antonio Maia/Divulgação)

Moradores de Jacobina, na região da Chapada Diamantina, viveram momentos de apreensão na madrugada desta terça-feira (2), devido à forte chuva que derrubou cais e casas, o que levou a prefeitura a decretar situação de emergência. Não houve feridos.

Segundo informações da prefeitura, caíram na cidade 180 mm de chuva – a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) divulgou 140 mm, e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 110,4 mm.

O Rio do Ouro, que corta o município, transbordou e em algumas partes da cidade, como no bairro Leader (o mais atingido), as águas chegaram a quase 1 metro. Segundo a prefeitura, três casas foram parcialmente ao chão, e as famílias tiveram de ser resgatadas às pressas. Elas foram levadas para casas de parentes.

“Num desses resgates, tivemos de fazer uma mobilização maior porque havia uma mulher cadeirante que estava numa cama. A casa dela foi invadida pelas águas, e, se não fizéssemos o trabalho com rapidez, poderia ter sido pior”, disse o engenheiro civil Vinícius Sampaio, coordenador da Defesa Civil local.

Duas pontes sobre o Rio do Ouro estão interditadas devido aos danos causados pela enxurrada, que as derrubou em parte. Uma delas dá acesso a uma escola infantil e a outra a uma residência – ambas ficam na área urbana do município. Numa área mais central, a prefeitura interditou outra ponte parcialmente destruída.

O aguaceiro levou boa parte do calçamento das ruas e da estrutura de concreto que fica no logradouro à margem do Rio do Ouro. Uma parte dela cedeu, devido à força das águas, formando uma cratera. Vários estabelecimentos comerciais foram invadidos pelas águas, causando um prejuízo ainda inestimado.

A Defesa Civil do município registrou dois desmoronamentos no bairro da Bananeira e eminência de desabamento em uma residência no bairro Serrinha. Na região central houve inundações na praça Rio Branco, rua Senador Pedro Lago, praça Getúlio Vargas (Mercado Velho) e avenida Orlando Oliveira Pires.

Na BR-324 no trecho entre o Posto Fiscal e o contorno de Cachoeira Grande foram registradas cinco quedas de árvores e um deslizamento de terra. A via já está sendo monitorada pela Polícia Rodoviária Federal desde as primeiras horas do dia. O Inmet prevê mais chuvas paras as próximas 48 horas para cidade.

A prefeitura alerta a transeuntes, motociclistas e motoristas, principalmente de veículos pesados, que redobrem a atenção nas áreas afetadas, a exemplo do bairro Félix Tomaz, onde a Embasa (estatal responsável pelo fornecimento de água e saneamento) realiza obra de esgotamento sanitário, e no bairro Leader.

A cidade já havia sido atingida por chuvas fortes em dezembro deste ano, o que levou a prefeitura a decretar emergência. E em março houve outra chuva que fez a administração prorrogar o decreto. “Precisamos fazer outro decreto agora porque essa chuva foi bem pior que as outras”, afirmou o engenheiro civil Vinícius Sampaio.

 

Frente fria

O Inema (órgão ambiental estadual) informou que a chuva em Jacobina foi influenciada por uma frente fria que se formou no oceano e avançou para o continente, gerando nebulosidades e a formação de chuvas intensas, porém sem ter a mesma intensidade em cidades vizinhas.

“A borda dessa frente fria que classificamos como desconfigurada, por não ser como a frente fria padrão, de inverno, predominou para o continente. Como estamos no início do outono, as chuvas ainda têm um pouco da característica de verão, chuvas mais intensas e localizadas”, disse a meteorologista Diva Cordeiro.

Para Jacobina, o Inema registrou 162,6 mm entre as 2h e as 7h. Esse volume de chuva é mais que o dobro da média histórica de chuvas no mês de abril, de 82,1 mm.

 

Edição: Redação TrAgora

Fonte: Correio 24Horas

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