Deborah Secco diz que tema da prostituição não pode ser escondido

Deborah Secco diz que tema da prostituição não pode ser escondido
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (18) que não pode admitir que dinheiro público seja destinado a filmes como o da Bruna Surfistinha, longa protagonizado por Deborah Secco, 39, e com direção de Marcus Baldini (veja aqui). A atriz que também produziu o filme rebateu as declarações do presidente. 

Em viagem, de férias, Secco defendeu que a arte precisa ser "ampla e abrangente". "Fico um pouco chocada com o 'Bruna' ter sido colocado nesse lugar, porque o filme retrata uma história real não só da Raquel, mas de outras milhares de mulheres que se encontram nessa situação. O que a gente queria com o filme era debater e falar sobre como nós, como a população, lida com essa realidade", afirma Secco.

Usar o cinema como forma de debate é um dos objetivos da arte, segundo a atriz. "A gente não pode pegar um tema que é existe, que é real -é antigo, porém muito atual-, e esconder e fingir que ele não existe", afirma a atriz. "Defendo que a gente possa, cada vez mais falar sobre diversos temas, que a gente traga para luz esses temas, porque não adianta escondê-los", completou.

A atriz afirma que tem orgulho do filme, porque deu a ela uma nova visão sobre a prostituição e espera que tenha gerado esse mesmo debate em quem já viu o filme. "A gente queria muito que nenhuma mulher estivesse nessa situação, que nenhuma mulher tivesse que se vender para sobreviver, mas essa não é a realidade do nosso pais, então a gente precisa falar sobre isso, resolver, debater. Uma das funções da arte é essa, fazer com que a gente consiga debater questões que podem ser esquecidas ou são escondidas". 

Quando deu a declaração, Bolsonaro assinava o decreto que transferiu o Conselho Superior do Cinema, responsável pela formulação da política nacional de audiovisual, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil. Insatisfeito com a política de fomento ao cinema, ele disse: "Agora pouco, o [ministro da Cidadania] Osmar Terra e eu fomos para um canto e nos acertamos. Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá. Ele apresentou propostas sobre a Ancine, para trazer para Brasilia. Não somos contra essa ou aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir em respeito às famílias. É uma coisa que mudou com a chegada do governo", disse ele.

ATRIZ PERDEU DINHEIRO COM O FILME

Em julho, em entrevista ao TV Fama, a atriz Deborah Secco revelou que teve prejuízo financeiro com o filme "Bruna Surfistinha". Ela colocou dinheiro do próprio bolso para concluir as filmagens, mas o lucro final destoou do esperado (lembre aqui).

"Não tinha dinheiro para filmar, então eu falei: 'Quanto é para mais essa semana?'. E banquei a minha semana, virei sócia do filme", disse. "Banquei o filme e a gente não teve lucro. Foi um filme diferente do que todo mundo fala. Leio sempre na internet: 'Nossa, ela deve estar ganhando muito dinheiro' [...] mas, no final das contas, eu perdi dinheiro".

Apesar do prejuízo, a atriz diz que o filme foi importante para seu crescimento profissional. "Valeu muito a pena porque ganhei muito em realização artística e crescimento de imagem. Talvez ali, naquele momento, eu não tivesse noção do investimento que estava fazendo, não sabia que estava investindo nessa revolução da minha carreira de atriz". BN

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