Negros, com menos acesso à Saúde, são maioria dos infectados e mortos nos EUA


Pouco acesso à Saúde pode ajudar a explicar incidência mais alta na minoria; casos nos EUA superam 425 mil,e NY ultrapassa Espanha

Nova York - Números oficiais divulgados esta semana mostraram que 70% dos mortos pela Covid-19 na Louisiana, um dos estados mais atingidos pelo coronavírus, eram negros, muito embora essa parcela da população corresponda a um terço do total do estado.

Em um condado (divisão regional nos estados dos EUA) perto de Milwaukee, onde 27% dos moradores são negros, o número de casos positivos entre eles é quase duas vezes maior que o registrado entre brancos, segundo números das autoridades locais.

A tendência se repete em Chicago, onde mais da metade dos infectados é de negros, que correspondem a pouco menos de um terço da população local. O número de mortos é ainda mais alarmante: os negros correspondem a 72% do total.

Os números sobre a raça dos americanos infectados pelo coronavírus só vieram a público em alguns lugares, e mesmo assim são muito limitados, segundo especialistas, para se traçar alguma conclusão em termos nacionais ou em um cenário de longo prazo. Mas, a cada dia, as estatísticas mostram negros contraindo a doença em uma escala alarmante em algumas das maiores cidades e estados dos EUA.

Esses números, dizem os pesquisadores, podem ser explicados em parte por fatores que deixam os americanos negros mais vulneráveis: nem todos têm seguro de saúde, muitos são portadores de doenças preexistentes e, como resultado de uma questão racial implícita, estão mais sujeitos a não terem acesso a testes e tratamentos. Além disso, existe o aspecto infeccioso do coronavírus, em uma sociedade em que os negros ocupam, de forma desproporcional, empregos que não lhes permitem ficar em casa.

Em muitos estados, incluindo alguns dos mais atingidos pela pandemia, não foram fornecidas informações gerais sobre a raça dos pacientes. Ontem, o governador de Nova York disse que vai investigar por que comunidades com grande concentração de negros e hispânicos estão registrando um percentual maior de casos do que áreas onde há mais brancos.

Mais de 14.600 mortes

Ontem, os Estados Unidos superaram os 425 mil casos — quase um terço de todas as notificações no mundo. São mais de 14.600 mortes, a maioria no estado de Nova York, que também registra sozinho (150 mil) mais infecções do que Espanha e Itália, respectivamente o segundo e o terceiro países com os maiores números de casos.

Segundo o governador Andrew Cuomo, a tendência de alta de notificações deve se manter nos próximos dias. Ao mesmo tempo, ele afirma que há menos internações, um sinal de que as medidas de distanciamento social estão funcionando. Isso não significa, contudo, que elas serão deixadas de lado em breve.

— Isso é só um momento. Existe a possibilidade de acordarmos amanhã e os números voltarem a subir.

Fonte: Extra 

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