
A vereadora Socorro Souza, representante do município de Mirangaba, encontra-se em Brasília para participar do II Encontro Nacional de Mulheres Quilombolas, promovido pela Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). O evento, que tem como tema “Resistir para Existir”, reúne cerca de 350 lideranças quilombolas de todo o país e também de países latino-americanos.
O encontro, que ocorre até domingo (18), tem como objetivo discutir e avaliar políticas públicas relevantes para aumentar a qualidade de vida das mulheres quilombolas, bem como enfrentar as desigualdades raciais, sociais e de gênero presentes nesses espaços. Durante o primeiro dia do evento, a questão mais reivindicada pelas participantes foi a titulação de terras, uma demanda fundamental para a garantia dos direitos e da segurança das comunidades quilombolas.
A abertura do encontro contou com a presença de ministros e outras autoridades do governo, que apresentaram as realizações dos seis primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, anunciou medidas importantes, como a certificação de todos os territórios quilombolas, possibilitando a participação no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que beneficiará as comunidades quilombolas, indígenas e povos tradicionais.
Além disso, o ministro afirmou que o MDA auxiliará as comunidades quilombolas na organização de cooperativas para que possam participar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e também anunciou uma linha de crédito especial, com juros menores, destinada às mulheres agricultoras quilombolas dentro do Plano Safra 2023.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reforçou o compromisso do governo com as comunidades quilombolas, mencionando a existência de uma secretaria específica voltada para essas comunidades no Ministério da Igualdade Racial. Ela destacou as medidas do pacote pela igualdade racial, lançado em março, e informou que estão ocorrendo reuniões com o Banco do Brasil e o Ministério das Mulheres para viabilizar crédito acessível às trabalhadoras quilombolas.
Durante o encontro, a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, também participou e abordou a questão da violência política vivida por mulheres, defendendo a ocupação de espaços de poder. Ela ressaltou a baixa representação feminina nos parlamentos brasileiros e destacou a importância das mulheres não desistirem da política, pois é por meio dela que podem ser garantidos direitos e políticas públicas.
Para a vereadora Socorro Souza, representante do município de Mirangaba e dos municípios do Piemonte da Diamantina, a participação no II Encontro Nacional de Mulheres Quilombolas é uma experiência valiosa e um importante canal de luta por políticas públicas para a região de Jacobina.
O encontro promete ser um espaço de troca de experiências, fortalecimento da representatividade e articulação para a conquista de direitos e melhores condições de vida para as mulheres quilombolas, reafirmando a importância de sua presença e participação ativa na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.







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