A cidade de Queimadas desde que a Polícia Federal chegou no início da manhã de quarta-feira, 25, para cumprir um mandado judicial de busca e apreensão na residência do prefeito André Andrade (PT) alguns setores públicos e residencias de servidores públicos ligados a gestão para investigar supostas fraudes licitatórias tem sido a principal pauta nas rodas de conversas.
O prefeito Doutor André como é conhecido o gestor na primeira oportunidade que teve após a PF deixar a cidade foi a uma emissora de rádio e durante a entrevista citou o vereador de oposição Leonir popularmente conhecido como Leo da Educação como sendo testemunha da ação da Polícia Federal. O gestor falava com ironia da coincidência do vereador está ali naquele horário tão cedo, e passar a comentar; “Ai tem coisa, mais é preciso saber. Por quê naquela hora, naquele momento para servir de testemunha, o que ele estava fazendo ali naquela hora da manhã, então, alguma coisa tem no ar”, afirmou.
O prefeito em seguida começa a comentar a vida do vereador que segundo ele foi o que mais frequentou páginas policiais, inclusive em Nordestina e disse que se for pra guerra ele vai e afirmou saber que Leo estava envolvido na denúncia.
A noite, ao lado do procurador jurídico do município participou de uma Live para explicar a situação e na ocasião comentou sobre o vereador, porém foi menos agressivo em relação ao que falou pela manhã.
Leo da Educação participou no início da tarde desta quinta-feira, 26, de uma entrevista na Radio Vila Bela FM.
Segundo o vereador ao contrário do que disse ” o acusado das investigações do desvio de recursos públicos, eu que toda comunidade me conhece sabe que não preciso desse artifícios que ele usa, quando tenho de dizer algo falo a ele, uso a tribuna, uso os meios legais, então mais uma vez como fez no passado, ele tenta armar e tirar o foco do tema central”, disse o vereador.
De acordo com o parlamentar no dia que a PF estava na cidade ele saiu de casa às 06h24 para levar sua filha ao ponto onde pegaria um ônibus para Santaluz ao chegar no ponto o coletivo já tinha saído, foi até o contorno da cidade e pouco mais onde alcançou o ônibus. Ao retornar ele disse que se diriria no sentido a barragem e pretendia chegar a um velório numa comunidade rural, ao passar no cruzamento dos Correios, abaixo do laboratório uma policial o parou e perguntou se ele poderia ser testemunha, já que iria abrir o laboratório (de análises clinicas) que vem sendo investigado.
“Eu disse a ele que estava indo a um velório e fiz ciente a ela que sou vereador do município e perguntei se isso não tinha como aspecto negativo ou ilegal, e ela disse que não, que eu seria apenas testemunha que a porta não seria arrombada e que eu iria testemunhar apenas o que seria feito lá dentro. No mesmo momento passou uma senhora e foi convidada da mesma forma que eu. Pedi apenas que me desse permissão para avisar a minha esposa e ao meu filho que ia comigo para o velório e ela disse que eu poderia usar o telefone e seguida o delegado passou a falar qual seria o nosso papel durante o trabalho deles, que deveria testemunhar todo movimento deles (agentes) e o que seria levado dos imóveis, simplesmente isso. Eu não fiz nada planejado, eu não sabia de nada.
Após relatar sobre sua atuação enquanto testemunha, Leo da Educação passou a contar sobre o que resultou nesta operação, segundo ele foi através de uma denuncia feita em 2018, segundo informações prestadas ainda a confirmar, teria sido o então vereador Mário Regis de um contrato indevido do laboratório e deflagrou neste momento. Participaram da denucia também na ocasião a vereador Ivanivalda e Lúcia.
O Calila Notícias teve acesso a um vídeo supostamente o qual Leo se refere em relação a denuncia de Mário Regis, na epoca rival político de André Andrade e atualmente aliado, exerce o cargo de coordenador do transporte da saúde. Veja o vídeo