A posse de Valdice Castro como prefeita de Jacobina marca um momento de renovação para a cidade, mas também traz à tona um histórico de desgaste político deixado pelo agora ex-prefeito Tiago Dias. Amplamente criticado por setores da oposição, na sociedade e até mesmo por antigos aliados, Tiago deixa a administração com uma imagem deteriorada. 

De vereador admirado por sua luta pela cidade, ele foi rebaixado, aos olhos de muitos, ao "pior prefeito que Jacobina já teve". Essa transição de poder, no entanto, é acompanhada por uma expectativa de verdadeiros 'dias melhores'.

Tiago Dias enfrentou um mandato repleto de desafios, mas também de decisões polêmicas que acabaram ofuscando conquistas pontuais. Sua saída, marcada por críticas severas, reflete um cenário político onde a falta de diálogo, escolhas de pessoas erradas para diversos cargos, tornando uma gestão ineficiente, se tornaram evidentes. 

Apesar disso, é preciso reconhecer que a administração pública é, muitas vezes, um campo de complexidades e embates. Tiago agora se recolhe para uma autoanálise sobre os últimos quatro anos e os possíveis caminhos que poderá seguir no futuro.

Com Valdice Castro assumindo o cargo, a expectativa popular é de que ela traga não apenas soluções práticas, mas também uma postura mais equilibrada e próxima às necessidades reais do povo. Contudo, o ceticismo reina entre opositores. Afinal, como bem aponta a sabedoria popular, "não existe salvadora da pátria". O que os jacobinenses esperam, acima de tudo, é uma administração menos dolorosa.

O futuro político de Jacobina segue incerto, mas carregado de lições para os líderes que ocupam e ocuparão os cargos públicos: trabalhem para o povo e cuidem dos servidores públicos com carinho. 

Mais do que promessas grandiosas, o povo clama por políticas que realmente transformem vidas, devolvam a confiança e construam uma cidade melhor. O mandato de Valdice começa sob a sombra do desgaste de seu antecessor, mas também com a oportunidade de ser a líder que aprendeu com os erros de um ex que decidiu ouvir apenas a si mesmo.

Por Robson Guedes / Jacobina Notícias