O Tribunal de Justiça da Bahia mandou realizar um exame de sanidade mental em Filipe Lopes Cunha. Ele está preso desde o dia 9 de dezembro, suspeito de matar a própria mãe, em Salvador. A vítima foi Aline Maiane Ribeiro da Cunha, de 45 anos. A autorização para o exame foi assinada nesta segunda-feira (13), pelo juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira.
“Extrai-se que o denunciado fazia uso de remédios controlados e que ficou internado por um período de tempo em clínica psiquiátrica, cenário que revela dúvida acerca da sua higidez mental”, entendeu o magistrado. O chamado incidente de insanidade mental foi pedido pelo Ministério Público.
Na mesma decisão, o juiz ainda manteve Filipe preso. “A gravidade concreta do delito praticado pelo denunciado, que ceifou a vida da própria genitora com golpes de arma branca, revela a sua periculosidade, justificando a manutenção da sua segregação”, disse.
Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira ainda lembrou que, caso esteja solto, Filipe pode cometer crime parecido: “Os depoimentos colhidos em sede policial que possui mania de perseguição, sem o uso correto da medicação prescrita por psiquiatra e que faz uso de substâncias ilícitas, cenário que demonstra um potencial risco para reiteração delitiva”, ponderou, na decisão.
O crime aconteceu na tarde do dia 9 de dezembro. Segundo a Polícia Civil, Filipe viajava no banco de trás de um carro dirigido pelo pai. Aline estava no banco do carona. Em um determinado momento, o suspeito sacou um canivete e desferiu os golpes nas costas e no pescoço da vítima.
O motorista se dirigiu ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi constatado o óbito. Filipe se apresentou em uma unidade policial horas depois. Na delegacia, alegou que o pai teria atacado a mãe, versão descartada pela investigação, devido às circunstâncias do crime.
Segundo familiares, Felipe tem histórico de surtos psicóticos e estava internado até a semana passada. À Justiça foi solicitada a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, baseada na gravidade dos fatos, o que aconteceu em audiência de custódia.
Por quase duas décadas, Aline teve um papel importante na administração pública de Santaluz, Nordeste da Bahia. Atuou nos governos dos ex-prefeitos Júnior do Max (2005-2012), Zenonzinho (2013 -2016) e Quitéria Carneiro (2017-2020), como gestora de cultura, depois como secretária de Cultura, Esporte e Juventude e como secretária de Assistência Social.
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Fonte: Notícias de Queimadas