André Ferreira, de 47 anos, se tornou réu por tentativa de feminicídio após empurrar sua sogra, Marlene Foltran, de 86 anos, de uma escada em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná. O incidente ocorreu no dia 12 de dezembro de 2024, e a idosa segue internada em estado grave e inconsciente.
O Ministério Público (MP) apresentou denúncia afirmando que o genro tentou impedir que Marlene visitasse a filha, que luta contra um câncer em estágio avançado. A defesa de André contesta as acusações, alegando que as provas são circunstanciais e que o ocorrido poderia ter sido um acidente. O advogado de defesa, Fernando Madureira, pede cautela, aguardando laudos periciais que possam esclarecer os fatos.
De acordo com o promotor João Eduardo Antunes Mirais, André agiu com intenção de matar a sogra. O MP sustenta que o empurrão foi deliberado e que a vítima sofreu um traumatismo cranioencefálico grave, múltiplas fraturas e outras lesões devido à queda. Para o promotor, a tentativa de feminicídio ficou caracterizada pelas circunstâncias do ataque e pela violência com que a idosa foi tratada.
Após o crime, André foi preso preventivamente e segue detido desde o dia 19 de dezembro. Em janeiro, o MP formalizou a denúncia, que foi aceita pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) no dia 13 de janeiro. O acusado enfrenta acusações de tentativa de homicídio, qualificada por feminicídio e por ser contra uma pessoa idosa. O MP também pede uma reparação de danos de pelo menos R$ 10 mil para a vítima.
As advogadas da família de Marlene, Sarah Bayer Ferraz e Angélica Cristina Afani Lenz, expressaram confiança na condenação de André. Elas afirmaram que vão trabalhar de forma incansável para garantir que ele seja punido pelos crimes cometidos, causando sofrimento à vítima e à sua família.
O promotor e a defesa da família concordam com a tese de que o ataque foi motivado por um impedimento à visita da idosa à sua filha, que estava gravemente doente. As advogadas destacaram que a brutal agressão resultou em ferimentos sérios para Marlene, e ela só sobreviveu devido ao atendimento médico rápido.
Fonte: G1
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