Líder do grupo rebelde, Ahmad al-Sharaa assume presidência interina após derrubada de Bashar al-Assad

Após a queda de Bashar al-Assad em dezembro de 2024, as facções sírias que derrubaram o regime anunciaram nesta quarta-feira (30) a nomeação de Abu Mohammed al-Golani, líder do grupo rebelde HTS (Hayat Tahrir al-Sham), como presidente interino da Síria. Ele adotou o nome de Ahmad al-Sharaa e será responsável pela direção do país na fase de reconstrução, após quase 14 anos de guerra civil. A decisão foi tomada em uma reunião das facções rebeldes em Damasco, sem a participação das Forças Democráticas Sírias, lideradas pelos curdos.

A nomeação de al-Sharaa ocorreu após a anulação da Constituição síria de 2012, sob o regime de Assad. O novo governo interino, conforme anunciado pelo coronel Hassan Abdul Ghani, porta-voz das operações militares, começará a trabalhar em uma nova constituição e na formação de um conselho legislativo temporário. Todas as facções armadas deverão ser desmanteladas e incorporadas às instituições estatais.

Em seu discurso, al-Sharaa ressaltou a grande responsabilidade que o novo governo enfrenta e afirmou que a principal prioridade será garantir uma transição pacífica e a reconstrução da Síria, além de buscar justiça e evitar ataques de vingança contra os que apoiaram o regime anterior. Ele também prometeu trabalhar pela proteção dos direitos das mulheres e das minorias religiosas.

A reação nas ruas de Damasco e em outras cidades foi mista. Enquanto alguns celebraram a nomeação, outros, inclusive membros da oposição, expressaram críticas pela forma como a decisão foi tomada, destacando a falta de clareza sobre os próximos passos. Mohammad Salim Alkhateb, da Coalizão Nacional das Forças de Revolução e Oposição Sírias, apontou que o problema não estava nas decisões, mas no momento e na falta de um planejamento claro.

O Catar, que já se mostrava favorável a um processo político de transição, reagiu positivamente à nomeação, destacando a importância da unidade e do consenso entre as partes sírias. No entanto, os países ocidentais, como os EUA e a União Europeia, continuam céticos em relação aos novos governantes, embora tenha havido uma tentativa de retomar os laços diplomáticos, especialmente após a visita de uma delegação norte-americana a Damasco, que se encontrou com al-Sharaa.

Entre os desafios mais imediatos do novo governo está a construção de um exército unificado e a resolução das tensões com os curdos, que desde o início da guerra civil formaram uma zona autônoma no norte da Síria e mantiveram uma postura independente, sem se alinhar totalmente com Assad ou com os rebeldes. Além disso, surgem questões sobre como administrar a diversidade de facções armadas que controlam diferentes regiões do país, cada uma com sua própria liderança e ideologia.

No Fórum Econômico Mundial, Asaad al-Shibani, novo ministro das Relações Exteriores da Síria, pediu ajuda internacional para a reconstrução do país, reconhecendo que o apoio externo será essencial para o sucesso do novo governo.

Quem é Ahmad al-Sharaa?

Conhecido anteriormente como Abu Mohammed al-Golani, al-Sharaa tem 42 anos e nasceu em Riade, na Arábia Saudita, embora sua família seja originária da região de Golã, no sudoeste da Síria. Ele se distanciou da al-Qaeda, da qual o HTS foi uma vez afiliado, e procurou reformular sua imagem como um líder mais moderado. Nos últimos anos, al-Sharaa tem se posicionado como defensor de um governo pluralista e tolerante, com ênfase nos direitos das minorias e na educação para as mulheres.

Seu sucesso na ofensiva que derrubou Assad foi resultado de uma série de estratégias políticas e militares, que o permitiram consolidar o controle sobre grandes áreas da Síria. Esse triunfo colocou al-Sharaa em uma posição de liderança na Síria pós-Assad, com a tarefa de reconstruir o país e lidar com os complexos desafios políticos, militares e sociais que surgiram com a queda do regime.

Fonte: G1

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