Kremlin rejeita proposta de Zelensky para negociações de paz e questiona legitimidade da Ucrânia

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira (3) que é prematuro discutir a proposta de negociações de paz sugerida pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e reiterou suas dúvidas sobre a legitimidade do líder da Ucrânia. Zelensky havia expressado, em entrevista à agência de notícias Associated Press no sábado (1°), que apoiaria negociações de “quatro vias” entre os Estados Unidos, Ucrânia, Rússia e União Europeia, destacando que seria “muito perigoso” para os EUA e para a Rússia dialogarem sobre o fim da guerra sem a presença da Ucrânia.

A proposta surge após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que sugeriu que Washington e Moscou já haviam feito contatos sobre a situação na Ucrânia. Trump, no entanto, não detalhou os termos dessa comunicação. O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, negou qualquer conversa direta entre os dois países, conforme reportado pela agência Interfax no final de janeiro.

Em resposta à sugestão de Zelensky, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que ainda é cedo para discutir os detalhes sobre quem deveria participar de futuras negociações de paz. Peskov ressaltou que, até o momento, não houve uma discussão séria sobre essa questão e reforçou a posição de que o presidente ucraniano não tem o direito de conduzir tais negociações. Além disso, o governo russo questiona a autoridade de Zelensky para assinar um acordo de paz, já que ele não convocou eleições após o término de seu mandato de cinco anos devido à Lei Marcial, e alega que, sem esse processo, ele não possui legitimidade legal.

A Rússia também apontou que o decreto de Zelensky, de 2022, que proíbe qualquer negociação com a Rússia enquanto Vladimir Putin for presidente, precisa ser revogado para que qualquer discussão sobre a paz seja possível. Peskov ainda observou que, com esse decreto em vigor, é precipitado falar sobre a composição das partes envolvidas nas negociações.

Relações entre Putin e Trump

Questionado sobre a possibilidade de uma conversa entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump, Peskov disse que, embora haja planos para um contato telefônico, ainda não há novidades sobre o assunto. Fontes russas indicaram que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos são considerados locais potenciais para uma reunião entre os dois líderes.

Contexto da Guerra na Ucrânia

A invasão russa à Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, seguiu três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, aliado próximo do Kremlin. Embora as forças russas tenham feito progressos iniciais, os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, apesar dos ataques à cidade. O conflito gerou uma onda de sanções internacionais contra a Rússia.

Em outubro de 2024, a guerra atingiu um dos pontos mais críticos, após a Rússia lançar um míssil hipersônico de alcance intermediário em território ucraniano, o que aumentou a tensão. O projétil, que carrega ogivas convencionais, também tem capacidade para transportar material nuclear. Esse ataque aconteceu após a Ucrânia realizar uma ofensiva no território russo com armamentos fornecidos por potências ocidentais, como os Estados Unidos, Reino Unido e França.

Há também informações da inteligência ocidental de que a Rússia está utilizando tropas da Coreia do Norte no conflito, embora Moscou e Pyongyang não tenham confirmado nem negado a informação. O presidente Putin, que mudou seu ministro da Defesa em maio, afirmou que as forças russas estão avançando de forma mais eficiente e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora sem especificar detalhes.

Por outro lado, Zelensky acredita que os principais objetivos de Putin incluem a ocupação total do Donbass, incluindo as regiões de Donetsk e Luhansk, e a expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, da qual controlam partes desde agosto.

Fonte: CNN Brasil

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