Um caso de envenenamento em Parnaíba, no litoral do Piauí, chocou a comunidade local ao resultar na morte de seis membros de uma mesma família. O incidente ocorreu no dia 1º de janeiro e teve como causa principal o consumo de baião de dois contaminado com terbufós, um agrotóxico extremamente perigoso. Inicialmente, suspeitou-se que o veneno estivesse presente nos peixes doados à família, mas exames posteriores descartaram essa hipótese, revelando que a substância estava no arroz, feijão e farinha usados na refeição.
O principal suspeito do crime é Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto de algumas das vítimas. Ele foi preso após a polícia detectar contradições em seus depoimentos e identificar um comportamento suspeito, incluindo evidências de desprezo pelas vítimas. O delegado Abimael Silva relatou que Francisco se contradisse sobre seu envolvimento no preparo do prato envenenado.
Além disso, investigações revelaram um interesse peculiar de Francisco pelo nazismo. Na casa onde vivia com a família, a polícia encontrou um baú trancado, cuja chave era exclusivamente dele, contendo revistas sobre o tema. Em outra residência, foi encontrada uma coleção de livros e DVDs sobre o nazismo, com destaque para um livro chamado Médicos Malditos, no qual Francisco havia grifado trechos sobre substâncias usadas em experimentos nazistas. Um trecho em particular que se referia a um veneno eficaz e sem gosto foi considerado uma coincidência com as características do terbufós, substância encontrada no baião de dois.
As vítimas fatais foram identificadas como Maria Gabriela (4 anos), Manoel da Silva (18 anos), Igno Davi da Silva (1 ano e 8 meses), Maria Lauane (3 anos), Francisca Maria (32 anos) e Maria Jocilene da Silva (41 anos). A criança Maria Gabriela faleceu após 20 dias internada. Maria Jocilene, inicialmente liberada após hospitalização, faleceu pouco tempo depois de retornar ao hospital.
O caso ganhou contornos ainda mais complexos quando Maria dos Aflitos, esposa de Francisco e mãe das vítimas, foi presa. Ela confessou ter envenenado a vizinha Maria Jocilene com café, na tentativa de incriminar a vítima e libertar seu marido. O delegado confirmou que Maria e Jocilene tinham um relacionamento amoroso discreto, e Maria revelou estar “cega de amor” por Francisco.
As investigações seguem em andamento, e a prisão temporária de Francisco foi prorrogada por mais 30 dias enquanto as autoridades continuam apurando a motivação por trás dos crimes.
Fonte: CNN Brasil
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