*Por Gervásio Lima –
Não existe luz que não apague, mas, para a frustração dos que pregam as trevas, a escuridão também não é eterna. O dia se reveza com a noite. Numa espécie de contemplação democrática, os gostos são satisfeitos sem que aconteçam conflitos.
Uns gostam do sol, enquanto outros adoram a lua. Os que sentem frio valorizam o verão, já os que sofrem com o calor contam os dias para a chegada do inverno.
A vida segue assim, cada qual com suas escolhas e respeitando as ‘estações’ individuais. Nada é para sempre, tudo é transitório; portanto não adianta atropelos, pois, ao contrário do que é preestabelecido, tudo ainda pode acontecer, inclusive nada.
A construção talvez seja uma das mais importantes palavras para caracterizar o sucesso e o insucesso. O saber, o afeto, as relações e sobretudo a resiliência são construídos de acordo com o que se quer aprender. Assim como as cores e os significados que lhes são atribuídos. O azul, o rosa, o vermelho, o preto, o branco… são apenas tonalidades.
Nem sempre o que é bom para um vai agradar o outro. Ratificando, geralmente os que sofrem com o calor admiram o inverno e vice-versa. O bom mesmo é saber que existe a Primavera.
“Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim, tão diferente…” – Por Enquanto – Cássia Eller
*Jornalista e Historiador
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