Na próxima sexta-feira, 11 de abril, data em que se celebra o Dia da Chapada Diamantina, Jacobina será uma das cidades que receberá o “I Grito das Serras: nossa riqueza é a água”, um ato público que busca chamar atenção para as crescentes ameaças aos recursos naturais e às comunidades da região. O evento, realizado simultaneamente também em Seabra e Feira de Santana, é promovido por uma ampla articulação de movimentos socioambientais, pesquisadores, universidades e organizações civis.

Com o lema que destaca a importância da água, o ato pretende provocar reflexões e mobilizar a sociedade para os impactos causados por empreendimentos de mineração, energia e agronegócio no território da Chapada. Um dos pontos centrais do movimento é a ausência de estudos consistentes sobre os danos ambientais e sociais causados por projetos de grande porte, como os mais de 3.300 pedidos minerários e os cerca de 2.000 projetos de energia eólica previstos para a região.

Além de manifestações e rodas de diálogo, o evento contará com atividades culturais, lançamento de videoclipe e a elaboração coletiva de uma carta de propostas que será encaminhada às autoridades. A presença do Ministério Público da Bahia já foi confirmada em Seabra. Em um contexto de estiagem prolongada, rios secos e poços em colapso, o “Grito das Serras” surge como uma resposta urgente para garantir que a Chapada continue viva — com suas águas, suas comunidades e seus modos de vida preservados.

A professora e escritora Gil esteve no JMD da última sexta-feira, 4, para explicar ao público a importância do ato para a Chapada Diamantina. Veja:

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