Somente em 2025, o Brasil já contabilizou 27.186 ocorrências de malária, conforme os números revelados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (25). Esse volume representa um crescimento de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A quase totalidade dos casos — aproximadamente 99% — está concentrada nos estados da região Amazônica. Ao longo de todo o ano de 2024, o país somou 138.465 notificações da enfermidade. Mesmo diante dos progressos em ações preventivas, o Ministério ressalta que a malária segue representando um sério risco à saúde pública.
Segundo o infectologista Tobias Garcez de Jesus Junior, do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), a malária permanece como uma enfermidade negligenciada, profundamente ligada a fatores socioeconômicos e ambientais, incluindo a pobreza.
A precariedade no acesso aos serviços essenciais de saúde contribui para a manutenção e a disseminação da doença. A atenção básica desempenha um papel essencial não apenas na prevenção, mas também na vigilância epidemiológica, sendo indispensável para o monitoramento adequado dos casos. Sua ausência expõe a população ao mosquito transmissor e compromete a obtenção de dados fundamentais para o planejamento de políticas públicas eficazes.
Transmitida pela picada do mosquito Anopheles, a malária tem como principal agente infeccioso o protozoário Plasmodium vivax, responsável por mais de 80% dos casos nas áreas endêmicas. Entre os sintomas mais comuns estão febre, calafrios, suor excessivo, dores no corpo e cefaleia.
Fonte: CNN Brasil
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