
Na tarde desta terça-feira (22), o presidente da Câmara Municipal de Várzea Nova, Marcelo Teodoro, juntamente com os vereadores Abnadabe Brito, Antônio Paulo, Raimundo Ferreira e Nilton Moreira, concedeu entrevista à Rádio Clube de Jacobina. A participação teve como objetivo esclarecer pontos abordados pela prefeita Daiane Pereira em entrevista à mesma emissora na semana anterior. Os parlamentares buscaram apresentar a posição da bancada de oposição sobre temas sensíveis envolvendo a gestão municipal, especialmente no que se refere à política de diárias, suplementação orçamentária e apoio aos trabalhadores do sisal.
Em consenso, os vereadores Raimundo Ferreira e Nilton Moreira falaram em nome da bancada oposicionista. Questionados sobre a aprovação de diárias para o Legislativo e a negativa de aprovação para o Executivo, Nilton Moreira afirmou que a decisão da Câmara atendeu a uma solicitação feita por motoristas concursados da Prefeitura, que reivindicaram aumento salarial e não apenas reajuste nas diárias. “A proposta enviada pela prefeita contemplava apenas cinco motoristas contratados, sem levar em consideração os servidores de carreira. Era uma medida que atendia a compromissos políticos, e não à valorização dos efetivos”, pontuou.

Em relação às diárias do Legislativo, os vereadores explicaram que foi realizada uma reposição legal, abrangendo todos os servidores da Câmara Municipal. Segundo Nilton e Raimundinho, foi solicitado ao Poder Executivo o envio de um novo projeto de lei que incluísse outras categorias profissionais, não contempladas na proposta original apresentada no início do ano.
Outro ponto abordado foi o veto da prefeita ao projeto de lei que cria o Fundo Municipal de Apoio aos Trabalhadores do Sisal. Os vereadores defenderam a constitucionalidade da matéria, destacando que iniciativas semelhantes já foram implementadas em outros municípios do país com respaldo jurídico. “Há jurisprudência consolidada. A proposta visa fortalecer a agricultura familiar e a economia rural, em especial a cadeia produtiva do sisal, essencial para a população de Várzea Nova”, argumentaram.
Por fim, os parlamentares esclareceram por que aprovaram apenas 10% dos 80% de suplementação orçamentária solicitados pelo Executivo. De acordo com Raimundo Ferreira, a decisão seguiu orientação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “É inédito na história de Várzea Nova um pedido de suplementação ainda no primeiro semestre. Temos um orçamento de R$ 103 milhões, já aprovado com 10% de remanejamento. Acrescentamos mais 10%, totalizando 20%. Não podemos permitir gastos desnecessários. O que está faltando é controle de gestão”, concluiu o vereador.
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