Ex-pastor que pregava ‘cura gay’ se assume homossexual e diz que ser ateu é libertador

O ex-pastor Sérgio Viula, de 56 anos, foi líder evangélico por quase duas décadas. Casado com uma mulher por 14 anos e pai de dois filhos, ele ficou conhecido por pregar a chamada “cura gay”, usando a própria história como exemplo de alguém que teria sido “transformado por Deus”. Mas tudo mudou.

Hoje, Sérgio vive com outro homem, está fora da igreja e diz não apenas ter se assumido homossexual, mas também abraçado o ateísmo. Em entrevista ao portal Uol, ele revelou: “Não aguentava mais viver uma mentira. Minha ex-mulher também era da igreja, mas chegou um ponto em que não dava mais.”

A trajetória de Sérgio com a fé começou cedo. Na infância, frequentava a igreja católica com os pais. Já na adolescência, conheceu o universo das igrejas neopentecostais e passou a se envolver ativamente com o ministério evangélico. “Com 15 para 16 anos, comecei a trabalhar como office boy numa empresa de comércio exterior. Muitos colegas eram evangélicos. Eles percebiam que eu era gay e queriam me ganhar para Cristo”, contou.

Durante anos, o então pastor acreditava, ou tentava acreditar, que havia sido "curado" da homossexualidade. Ele se agarrava aos testemunhos de outras pessoas e pregava contra a orientação que, no fundo, sabia ser a sua.

Tudo mudou nos anos 2000, após uma viagem a Singapura, para participar de um curso de liderança cristã. “Lá, conheci um rapaz e tivemos um caso. Quando voltei, estava destroçado. A alegria que senti naquele momento foi como se a bolha em que eu vivia tivesse sido furada”, contou.

Em 2003, Sérgio se separou da esposa e decidiu romper com a igreja. Assumiu publicamente sua homossexualidade e, anos depois, passou a se identificar como ateu. Desde então, afirma viver em paz com sua identidade e suas crenças — ou a ausência delas.

Atualmente, ele é casado com o recepcionista André Dias, de 34 anos, com quem vive há uma década. “Para mim, nada é mais libertador do que ser um ateu humanista. Hoje, olho para as religiões como manifestações culturais. Entendo que tenham valor na vida das pessoas, mas, pessoalmente, não acredito mais”, declarou.

Fonte: Bnews

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