O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode deixar o Partido Liberal antes das eleições de 2026, em meio a um conflito crescente com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. A tensão interna no PL tem causado movimentações políticas importantes, com o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro planejando uma possível migração, que pode enfraquecer a bancada da sigla no Congresso.
Conflito no PL: Eduardo Bolsonaro pode deixar o partido antes de 2026
O cenário político dentro do Partido Liberal (PL) vive um momento de instabilidade, com Eduardo Bolsonaro avaliando a possibilidade de deixar o partido antes do período eleitoral de 2026. Essa movimentação ocorre devido a um racha interno com Valdemar Costa Neto, atual presidente da sigla, que vem causando insatisfação entre os bolsonaristas mais alinhados à família Bolsonaro.
A principal divergência veio à tona após uma paralisação da Câmara dos Deputados e do Senado, realizada pela oposição em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa paralisação, que durou dois dias e suspendeu votações importantes, foi vista como uma estratégia para pressionar a aprovação de pautas consideradas prioritárias para o bolsonarismo, mas desagradou profundamente Valdemar Costa Neto.
Entre as pautas defendidas pelos parlamentares aliados a Eduardo estão a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Principais motivos para o racha entre Eduardo Bolsonaro e Valdemar Costa Neto
Aliados próximos a Eduardo Bolsonaro afirmam que o deputado acusa Valdemar Costa Neto de praticar um “jogo duplo”. Publicamente, o líder do PL demonstra apoio à família Bolsonaro, mas nos bastidores teria adotado uma postura contrária, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo.
Essa estratégia de Valdemar seria uma tentativa de enfraquecer Jair Bolsonaro e aumentar a dependência do ex-presidente em relação ao PL. Além disso, Eduardo também aponta o marqueteiro Duda Lima, ligado a Valdemar, como responsável por disseminar críticas contra ele nas redes sociais.
Por outro lado, integrantes próximos a Valdemar alegam que ele respeitou a decisão da bancada em promover a paralisação, mesmo não concordando com essa tática de pressão política, e elogiou publicamente a atuação dos parlamentares após o movimento.
Impactos políticos e possíveis desdobramentos
Caso Eduardo Bolsonaro decida realmente deixar o PL antes das eleições de 2026, a legenda pode sofrer um esvaziamento significativo, pois o deputado pretende levar consigo parlamentares aliados, o que enfraqueceria a bancada bolsonarista dentro do partido. Essa movimentação pode impactar diretamente o equilíbrio político no Congresso e alterar as estratégias eleitorais da direita para o pleito de 2026.
Além disso, a saída de Eduardo do PL poderia abrir espaço para novos arranjos partidários, com possíveis migrações para outras siglas alinhadas ao bolsonarismo, afetando a dinâmica interna do cenário político brasileiro.
Fonte: Melhor Investimento