Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (7) a ampliação da recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Agora, o valor oferecido chega a US$ 50 milhões, cerca de R$ 270 milhões, o dobro do valor anterior. A medida visa reforçar a pressão contra o governo venezuelano, acusado pelo governo americano de liderar um esquema internacional de narcotráfico e narcoterrorismo que representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA.
Recompensa por Nicolás Maduro: um passo histórico na luta contra o narcotráfico
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em parceria com o Departamento de Estado, elevou a recompensa por Nicolás Maduro, formalizando um dos maiores valores já oferecidos para um líder estrangeiro. A procuradora-geral Pam Bondi destacou que o aumento para US$ 50 milhões é um marco histórico e que Maduro é considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo. O anúncio reforça a acusação dos EUA de que Maduro usa organizações terroristas para traficar drogas letais que impactam diretamente a segurança dos americanos.
Essa ação ocorre em um contexto de crescente tensão entre Washington e Caracas. Desde março de 2020, o governo americano acusa formalmente Maduro de narcoterrorismo, tráfico de drogas e apoio armado a grupos criminosos. A ampliação da recompensa nesta data de agosto reforça a estratégia norte-americana de isolar politicamente o regime venezuelano e criar obstáculos para sua permanência no poder.
Acusações e provas contra Nicolás Maduro
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Maduro está envolvido em um esquema criminoso conhecido como Cartel de los Soles, um grupo que atua na Venezuela e foi recentemente classificado como organização terrorista internacional. A investigação aponta que o presidente venezuelano participa de uma conspiração de narcotráfico envolvendo importação de cocaína e uso de armas para garantir a operação desse esquema.
Além disso, os EUA já apreenderam mais de US$ 700 milhões em bens vinculados a Maduro, incluindo dois jatos particulares e nove veículos de luxo. Autoridades norte-americanas interceptaram também cerca de 30 toneladas de cocaína relacionadas a Maduro e seus aliados, sendo que quase 7 toneladas foram diretamente ligadas ao presidente venezuelano. Parte dessa droga teria sido misturada com fentanil, substância altamente perigosa e letal.
Contexto político e impacto da recompensa
Apesar do valor expressivo da recompensa, especialistas afirmam que a medida tem efeito prático limitado, servindo mais como um gesto político para reafirmar a postura dos Estados Unidos contra o regime de Maduro. O presidente venezuelano segue firme no comando do país, apoiado por aliados estratégicos como Rússia, China e Irã, que oferecem proteção diplomática contra eventuais ações internacionais.
O governo americano também oferece recompensas por informações que levem à prisão de outras figuras importantes do regime venezuelano, como Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa.