A cidade de Várzea Nova sediou na manhã desta sexta-feira (15), a primeira Audiência Pública para discutir a cadeia sisaleira da região. Coordenado pela prefeita do município, Daiane Severina, o encontro, que aconteceu no auditório da Cidade do Saber Fibra Forte, reuniu produtores, a sociedade civil organizada, autoridades estadual, federal e municipais.
Espaço de diálogo e escuta, o evento discutiu sobre os desafios enfrentados pela atividade desde o cultivo, colheita e beneficiamento. Um momento para a busca de soluções que assegurem renda, inovação e sustentabilidade para a cultura, abordando as condições de trabalho e os desafios para a mecanização da produção da fibra que é uma das bases econômicas e culturais do território.
A organização foi um dos pontos abordados pela prefeita de Daiane, segundo ela a organização dos produtores e trabalhadores na cadeia do sisal pode ajudar a melhorar as condições de trabalho, aumentar a eficiência na produção e garantir melhores preços para os produtos. A cooperação entre os envolvidos pode levar a ganhos coletivos, assim como o diálogo entre os diferentes atores da cadeia (produtores, beneficiadores, comerciantes) é essencial para resolver conflitos, definir padrões de qualidade, discutir preços justos e promover práticas sustentáveis. O diálogo aberto pode ajudar a construir confiança e melhorar as relações entre os envolvidos. “Com organização e diálogo, é possível alcançar benefícios coletivos como melhoria das condições de trabalho, aumento da renda dos produtores, promoção de práticas sustentáveis e fortalecimento da cadeia como um todo, mas precisamos contar também com o apoio dos entes federados”, salientou.
O secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR), Osni Cardoso, que esteve representando o governador Jerônimo Rodrigues destacou que o Governo do Estado, através da pasta que comanda e das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (SeagriI), oficializou na última segunda-feira (11), a criação do Grupo de Trabalho (GT) para a Estruturação e Desenvolvimento Sustentável da Cadeia Produtiva do Sisal e que a iniciativa reúne governo, produtores e entidades representativas para atuar de forma integrada na modernização da produção, no aproveitamento integral da planta e na valorização dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema produtivo.
“A organização e envolvimento de todos é muito importante. Esta conferência é digna de louvor, de valorização do debate. Temos escutado e conversado, dando um passo um dia após o outro, para que de maneira conjunta, possamos garantir os direitos de todos os envolvidos”, disse Osni.
O secretário enfatizou ainda a importância do grupo para a transformação do setor, segundo ele o sisal faz parte da história e da identidade da população baiana, em especial dos moradores do norte e centro norte baiano, mas precisa também fazer parte do futuro, com mais renda, dignidade e sustentabilidade. “Estamos unindo forças para modernizar processos, valorizar quem trabalha na ponta e abrir novos mercados para o aproveitamento integral da planta. A audiência de sexta-feira será um momento decisivo para que governo, produtores e pesquisadores construam juntos soluções reais para fortalecer essa cadeia que é tão vital para a região”, afirmou.
Estiveram presentes representantes do Ministério Público do Trabalho, da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), além de membros do Ministério do Trabalho e do Governo Federal.
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