
Maurício Dias é jornalista do Grupo J. Sidney de Comunicação
Nossas instituições estão todas aparelhadas (Executivo, Legislativo e Judiciário), dominadas por um sistema corrupto, que opera e decide conforme os interesses de uma classe corporativa (políticos, empresários e reduzido número de servidores públicos privilegiados), induzindo o incauto cidadão brasileiro a se dividir entre duas facções políticas (esquerda e direita), que se alternam no poder, cada uma se abastecendo do dinheiro público enquanto ocupam os cargos de chefia da Nação, usando o povo como massa de manobra, conforme definiu, cirurgicamente, Charlie Chaplin em sua obra prima “O grande ditador”, expondo como o sistema opera em favor da ganância e da opressão, usando a miséria humana em favor dos seus próprios interesses.
Tudo que está acontecendo no Brasil é parte de um jogo, onde seus operadores levam vantagem, menos a população que, cega, não consegue se perceber como meros coadjuvantes desse teatro da hipocrisia.
Portanto, não percamos tempo defendendo líderes, partidos ou ideologias no Brasil, é tudo parte de um protocolo artificial bem sistematizado, que estabelece os meios de indução, cooptação e usurpação de riquezas.
Essa realidade só será modificada quando o eleitor entender (acordar) que ele é a força motriz desse país, ele é a sua “excelência”, o verdadeiro patrão, o ator principal que abastece os cofres públicos, que elege e defenestra os maus do poder, quando estes não correspondem a uma conduta decente e honesta.
Uma pena imaginar que isso somente acontecerá quando atingirmos um elevado grau de evolução intelectual e moral, permitindo por fim a essa cultura de vícios que nos mantém e nos encarcera quinhentos anos depois como degredados da colônia Portuguesa.
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