As tentativas do governador Jerônimo Rodrigues (PT) de estreitar laços com prefeitos de cidades estratégicas da Bahia ainda não surtiram efeito. Em diversos municípios de peso político, a relação entre as prefeituras e o governo estadual permanece estritamente institucional, sem espaço para acordos ou apoios políticos.
Em Jequié, o prefeito Zé Cocá (PP) mantém postura independente e evita alinhamento direto com o PT. O mesmo ocorre em Morro do Chapéu, sob gestão de Juliana Araújo (PDT), e em Feira de Santana, onde José Ronaldo de Carvalho (União Brasil) segue como uma das principais lideranças da oposição no estado.
Essa resistência preocupa aliados do governador, especialmente porque prefeitos com forte capital eleitoral são peças decisivas em disputas estaduais. Diferente do que ocorreu nas gestões de Jaques Wagner e Rui Costa, quando a estrutura do Estado era usada como ponte de aproximação política, Jerônimo enfrenta barreiras maiores e menos adesões locais.
O cenário acende o alerta dentro do grupo governista: a falta de avanço na articulação pode enfraquecer o governo em redutos eleitorais importantes e abrir espaço para a oposição nas eleições de 2026.