Restauração da BA-120 muda realidade entre Queimadas e Monte Santo e avança em ritmo acelerado

Território do sisal – A tão aguardada restauração da BA-120, que liga Queimadas a Monte Santo, segue em ritmo acelerado e já começa a transformar a realidade de quem trafega pela região. A obra teve início em 19 de agosto, logo após a ordem de serviço assinada pelo governador Jerônimo Rodrigues, e marca o início de uma nova fase, após 40 anos sem uma intervenção completa na rodovia.

A obra teve início no Barro da Ponte Velha, em Queimadas | Foto: Raimundo Mascarenhas

A execução está sob responsabilidade da empresa Augúrio Engenharia, uma das construtoras mais atuante e respeitada do setor rodoviário baiano. Com uma trajetória sólida e marcada pela eficiência técnica, a Augúrio tem se destacado pela responsabilidade social, pela preocupação com a segurança de quem trafega durante as obras e pelo respeito aos seus colaboradores.

Chegada em Jacurici da Ponte | Foto: Raimundo Mascarenhas

No trecho da BA-120, a empresa mantém padrões rigorosos de qualidade e segurança, garantindo que o trabalho avance de forma organizada, sustentável e com o mínimo de impacto ao tráfego local.

O projeto é acompanhado pela Secretaria de Infraestrutura da Bahia (SEINFRA) e coordenado tecnicamente pelo engenheiro Marcelo Baiense, profissional com larga experiência em obras públicas, que também dirige a pavimentação da BA-120 (Queimadas–Cansanção–Monte Santo). O trecho em recuperação tem 75,93 quilômetros de extensão e previsão de conclusão até dezembro de 2026.

Marcelo Baiense engenheiro responsável pela obra | Foto: Raimundo Mascarenhas

“É um orgulho participar de mais essa missão. Essa estrada foi construída há cerca de 40 anos e, pela primeira vez, está passando por uma restauração completa. Durante todo esse tempo, o máximo que se fez foram manutenções paliativas. Hoje, estamos executando um trabalho que vai garantir segurança, trafegabilidade e dignidade a quem vive e transita por aqui”, destacou o engenheiro Marcelo Baiense.

Três etapas de execução e avanços visíveis

Segundo o repórter Raimundo Mascarenhas, que percorreu toda a extensão da rodovia, a obra está dividida em três etapas principais:

Primeira etapa – Queimadas a Cansanção: trecho já considerado trafegável, sem buracos e sem obstáculos que comprometam o deslocamento dos veículos. Embora ainda haja material solto na pista — característico dessa fase da obra —, o alargamento da pista já é perceptível, proporcionando melhor visibilidade e segurança. Em caso de pane, o motorista agora tem área lateral suficiente para encostar o veículo, o que antes não era possível.

Trecho entre Queimadas e Cansanção atualmente se encontra neste estágio | Foto: Raimundo Mascarenhas

Segunda etapa – Cansanção a Monte Santo: os trabalhos estão em andamento intenso. Nos primeiros 7 a 8 quilômetros após Cansanção, há grande concentração de maquinário e operários atuando na terraplenagem, sub-base e reciclagem do pavimento. O ritmo é constante, com equipes distribuídas em vários pontos simultaneamente.

Foto: Raimundo Mascarenhas

Terceira etapa – Conclusão e sinalização: será a fase final, com asfaltamento em CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), implantação de baias de ônibus, pontos de fuga e nova sinalização vertical e horizontal ao longo dos 75,93 km. “O novo asfalto será muito melhor do que foi aplicado na construção inicial”, destacou Marcelo Baiense.

Saída Cansanção – Monte Santo | Foto: Raimundo Mascarenhas

Roteiro do trecho: de Queimadas a Monte Santo

A reportagem também registrou o percurso completo da BA-120, destacando as principais comunidades e povoados que margeiam a rodovia — um retrato da vida e da movimentação econômica do Sertão do Sisal.

Trecho da Jacuri da Ponte | Foto: Raimundo Mascarenhas

Logo após sair do perímetro urbano de Queimadas, o primeiro povoado encontrado é o Jacurici da Ponte, pertencente ao município de Itiúba, embora esteja muito mais próximo da sede de Queimadas. Mais adiante, surge Ponto Novo, já no território de Queimadas, ponto de passagem importante para quem se dirige às comunidades rurais da região.

Locea fica a menos de 500 metros do acesso a Nordestina

Na sequência, o viajante encontra o povoado Locea em Nordestina, e um pouco mais a frente, o Mari, maior povoado de Nordestina, áreas que tradicionalmente servem como eixo de ligação entre produtores rurais e a sede municipal.

Acesso ao Mari à esquerda da foto e a direita a sede de Nordestina | Foto: Raimundo Mascarenhas

Próximo à chegada de Cansanção, está a Lagoa do Januário, localidade conhecida também como China que atualmente recebe obras de urbanização e é referência para ações públicas e políticas no entorno.

Lagoa do Janúário / China já no município de Cansanção | Foto: Raimundo Mascarenhas

Já em direção a Monte Santo, o destaque é o povoado Genipapo bastante populoso e Tapera, onde o viajante já avista ao longe a imponente Serra da Santa Cruz, que recebe anualmente milhares de romeiros para pagar promessas neste periodo que corresponde aos dias 30,31 de outubro e 1º de novembro.

Registro da cacamba da Augúrio passando pelo Genipapo | Foto: Raimundo Mascarenhas
Povoadp tapera | Foto: Raimundo Mascarenhas

Emprego e compromisso social

Além dos ganhos estruturais, a obra traz benefícios sociais para a região. De acordo com o engenheiro Marcelo Baiense, cerca de 70% da mão de obra contratada é local, com trabalhadores de Monte Santo, Cansanção e Queimadas.

Foto: Raimundo Mascarenhas

“Temos o compromisso de priorizar a contratação local. Muitos trabalhadores nunca tinham atuado em obras rodoviárias, e aqui recebem treinamento, orientação e oportunidade de crescimento. Nosso objetivo é que saiam qualificados e preparados para continuar no mercado e muitos deles são convocados para trabalhar em outras obras”, afirmou o engenheiro.

Foto: Raimundo Mascarenhas

O canteiro de obras e as duas usinas de asfalto estão instalados em Cansanção, concentrando cerca de 150 funcionários e quase 100 equipamentos, entre motoniveladoras, rolos compactadores e caminhões.

Segurança e orientação aos motoristas

Com a rodovia parcialmente liberada, os motoristas devem manter a atenção redobrada durante o deslocamento. O trecho está devidamente sinalizado com placas de advertência e orientações de obra, e há equipes operando o sistema de “pare e siga”.

Foto: Raimundo Mascarenhas

“Pedimos paciência e prudência aos condutores. Respeitem as sinalizações e reduzam a velocidade. O material solto faz parte do processo de melhoria, e essa fase é passageira. Em breve a rodovia estará 100% restaurada e com trafegabilidade plena”, reforçou Baiense.

Importância para o desenvolvimento regional

Açude do Monteiro fica no limite de Queimadas com Nordestina | Foto: Raimundo Mascarenhas

A BA-120 é uma das principais vias de ligação do Sertão do Sisal com o Nordeste baiano, essencial para o escoamento da produção agrícola, o acesso aos serviços públicos e o fortalecimento do turismo. A restauração da estrada representa avanço econômico e social para milhares de famílias que dependem desse eixo de ligação entre os municípios de Queimadas, Cansanção e Monte Santo.

Contorno de Monte Santo: marco urbano e turístico

Entre as grandes conquistas de infraestrutura da região, destaca-se também o Contorno de Monte Santo, obra executada pela Augúrio Engenharia e inaugurada pelo governador Jerônimo Rodrigues no mesmo dia da assinatura da ordem de serviço da BA-120. O contorno, que conecta a BA-120 à rodovia BA 220 que segue para Euclides da Cunha, transformou a mobilidade da cidade.

Vista da chegada de Monte Santo via Cansanção | Foto: Raimundo Mascarenhas

Antes da obra, todo o tráfego de veículos pesados — carretas, caminhões e transportes intermunicipais — atravessava o centro urbano de Monte Santo, causando lentidão e riscos para pedestres e comerciantes. Com o novo traçado, o fluxo foi redirecionado para o entorno da cidade, proporcionando mais segurança, fluidez e qualidade de vida para os moradores.

Esta obra facilita a vida do motorista quem pretende chegar a Euclides da Cunha sem precisar entrar na cidade de Monte Santo | Foto: Raimundo Mascarenhas

O contorno tornou-se também um símbolo do crescimento urbano e do turismo religioso. Monte Santo, conhecida nacionalmente pela Serra de Todos os Santos e pela romaria que atrai milhares de fiéis, passou a receber visitantes com mais conforto e mobilidade. A nova via é vista como um marco de valorização e modernização, servindo de referência para o desenvolvimento local e para o fortalecimento do Turismo de Todos os Santos, tradicional evento que movimenta toda a região.

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