Menina de 5 anos é internada na UTI de hospital em Jequié vítima de supostos abusos cometidos pelo pai

Uma menina de 5 anos está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Prado Valadares, em Jequié, no sul da Bahia, desde o último dia 31 de outubro. Conforme documentos obtidos pelo BNews, ela deu entrada com lesões pelo corpo, marcas de queimaduras e suspeita de abuso sexual cometido pelo pai.

A criança foi levada à unidade de saúde apresentando rebaixamento do nível de consciência, sonolência e dificuldade para despertar. A mãe alegou que a filha teria ingerido melatonina e "caído no banheiro", mas os médicos consideram a versão incompatível com o quadro clínico.

Durante os exames, foi constatado que a vítima apresentava múltiplos hematomas e cicatrizes em diferentes fases de cicatrização, como no rosto, abdômen e dorso, além de lacerações no canal vaginal e região anal, características de violência sexual repetida.

Primeiras denúncias

Documentos do Conselho Tutelar de Wenceslau Guimarães, aos quais a BNews teve acesso, apontam que a criança já era acompanhada pelo órgão desde maio de 2024, quando a avó materna denunciou que ela havia sido abusada sexualmente pelo pai.

Na ocasião, a mulher relatou que, ao dar banho na neta, percebeu inchaço e machucados na região íntima. A denúncia não foi formalizada inicialmente porque o pai teria ameaçado de morte a mãe da criança e até colocado fogo na casa onde ela morava.

Após o episódio, a menina passou a morar com a avó, mas continuou a ter acesso ao pai e sempre voltava para casa "com as partes íntimas inchadas". Às conselheiras, a criança teria relatado que o homem "a chupava e passava catarro na barriga".

No dia 31 de outubro, a menina foi levada pela mãe ao hospital com sonolência extrema e hipoatividade, sob o argumento de que havia caído no banheiro e que tinha crises compulsivas. No entanto, a equipe médica constatou inúmeras escoriações e hematomas em diversas fases de cicatrização nas costas, abdômen, joelhos e rosto, além de laceração no canal vaginal.

A tia da criança, que a acompanhou na unidade de saúde, afirmou que a menina teria ingerido melatonina, mas não soube informar a quantidade. A avó, por sua vez, mencionou que a neta pode ter tomado Fenobarbital, remédio controlado usado pela irmã autista da pequena.

Uma equipe da Polícia Militar foi acionada pelo Conselho Tutelar ainda no dia 30 de outubro. De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Territorial de Gandu, uma guarnição foi enviada ao hospital por volta das 15h50.

Conforme o documento, a genitora, de 30 anos, foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos. Ela foi ouvida e, em seguida, liberada. 

A criança segue internada, sedada e em ventilação mecânica, sem previsão de alta. O Conselho Tutelar requisitou ao hospital um relatório detalhado sobre seu estado de saúde e a confirmação das violências identificadas.

Ao BNews, a Polícia Civil informou que o inquérito policial instaurado na Delegacia Territorial (DT/Wenceslau Guimarães) para investigar o crime de estupro de vulnerável foi concluído e remetido à Justiça em julho de 2024, com o indiciamento do pai biológico da vítima, apontado como suspeito. Na ocasião, o pedido de prisão preventiva foi indeferido, e o autor fugiu do distrito da culpa.

Fonte: Bnews

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