Com o aumento das tensões militares entre os Estados Unidos e a Venezuela, o regime de Nicolás Maduro estaria planejando estabelecer uma rede de resistência armada — uma guerrilha doméstica — para responder a uma eventual agressão estrangeira.
Segundo investigação da agência Reuters, o aparato bélico venezuelano está em modo de “prepare-se para guerra”: civis têm sido mobilizados, milícias treinadas, e armamentos de origem russa — cuja manutenção há muito tempo vinha sendo negligenciada — chamados agora à ação.
O plano apresentado pelo governo chavista combina duas frentes principais:
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Um esquema de “resistência prolongada”, baseado em táticas de guerrilha, sabotagem e mobilização urbana dispersa.
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Uma estratégia de “anarquização”, que busca induzir caos e desordem como mecanismo de defesa indireta diante de um adversário com força convencional bem superior.
Maduro acusa os Estados Unidos de atitudes provocativas — como o deslocamento de navios, submarinos e mísseis no Caribe —, e afirma que a Venezuela está “em estado de preparação máxima” para “passar à luta armada”, caso a soberania nacional seja ameaçada.
Por outro lado, fontes ouvidas pela Reuters destacam fragilidades críticas do aparelho militar venezuelano: baixos salários, equipamentos antigos (incluindo os russos), deficiente nível de treinamento e logística comprometida. O que, segundo analistas, obriga o regime a apostar em formas de combate não convencionais.
Esse cenário levanta questões sobre o verdadeiro alcance da capacidade militar venezuelana — se não para deter diretamente uma ação americana — ao menos para criar uma zona de instabilidade prolongada que desencoraje intervenções.
Informe Jacobina / Com informações de Gazeta do Povo