O governo federal, através da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), decidiu incluir a Tilápia na Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras, movimentando debates e preocupações em torno de uma das principais espécies cultivadas na aquicultura brasileira.
Embora o Ministério do Meio Ambiente (MMA) tenha afirmado que a medida “não implica interrupção da atividade de cultivo” e que a produção comercial permanece autorizada pelo Ibama, produtores destacam que a classificação pode abrir caminho a barreiras regulatórias e burocráticas.
O setor alerta que a tilápia responde por mais de 60% da produção de peixes cultivados no país, segundo dados da Embrapa, o que torna a medida significativa do ponto de vista econômico e produtivo. Produtores no Nordeste e no Centro-Oeste destacam o papel social e econômico da cadeia, reforçando a necessidade de práticas de manejo sustentável sem prejudicar o desenvolvimento rural.
Nas versões oficiais, a inclusão da tilápia na lista tem caráter técnico-preventivo: visa estabelecer referência para políticas de prevenção, detecção precoce e resposta a potenciais invasões biológicas, como fugas de viveiros para ambientes naturais. Por outro lado, entidades representativas da piscicultura pedem maior diálogo e ajustes para assegurar que o controle ambiental ande de mãos dadas com a viabilidade econômica.
A iniciativa gera um momento de tensão entre conservação ambiental e produção agroindustrial — com destaque para a necessidade de compatibilizar os dois objetivos.
Informe Jacobina / Com informações de Gazeta do Povo