O governo da Bahia, liderado por Jerônimo Rodrigues (PT), destinou R$ 21,5 milhões para custear a formação de 60 estudantes baianos na Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), em Cuba. A parceria foi oficializada por meio da Secretaria de Saúde do estado, segundo levantamento da Revista Oeste.
O edital prioriza candidatos de baixa renda, especialmente aqueles residentes na zona rural, e exige comprovação de engajamento com movimentos sociais como critério de seleção. Cada estudante terá seus custos totalmente cobertos — matrícula, hospedagem, alimentação e bolsa — por todo o curso de seis anos e meio, o que implica um investimento de aproximadamente R$ 360 mil por aluno.
O processo seletivo ficará sob responsabilidade da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), com colaboração técnica da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). Como contrapartida, os estudantes terão a obrigação de exercer a medicina por no mínimo dois anos em comunidades rurais da Bahia, após revalidarem o diploma no Brasil.
A iniciativa reacende debates quanto à cooperação educacional com Cuba. Críticos argumentam que a seleção privilegia alinhamento político em vez de mérito, e questionam se o investimento é adequado diante dos persistentes problemas de saúde e educação no estado. A médica baiana Raíssa Soares, por exemplo, criticou duramente o programa, afirmando que a formação em Cuba “é pior do que no Brasil” e que os selecionados seriam escolhidos com base em militância e não em desempenho acadêmico.
Informe Jacobina / Com informações da Revista Oeste